USP diz que a manifestação da direita em SP foi 5 vezes maior que a da esquerda
Brasil – No último domingo (7), a Avenida Paulista, em São Paulo, foi palco de duas manifestações que refletiram a polarização política do Brasil. Segundo levantamento realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com outras entidades, o ato de direita, intitulado “Reaja, Brasil”, reuniu 42,2 mil pessoas, número cerca de cinco vezes maior que o registrado no ato de esquerda, que atraiu 8,8 mil manifestantes na mesma cidade.
De acordo com o monitoramento da USP, o pico do protesto de direita ocorreu às 16h03, com a presença variando entre 37,1 mil e 47,3 mil pessoas, considerando uma margem de erro de 5,1 mil. Já o ato de esquerda alcançou seu ápice por volta das 11h, com público estimado entre 7,7 mil e 9,8 mil, com margem de erro de 1,1 mil. A diferença significativa no volume de participantes evidencia o maior poder de mobilização do evento de direita na capital paulista.
Cenário no Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a manifestação da direita, realizada na Praia de Copacabana, também demonstrou força, com público estimado em 42,7 mil pessoas, ligeiramente superior ao de São Paulo. A USP apontou que, considerando a margem de erro, o número de participantes variou entre 37,6 mil e 47,8 mil.
Polarização e episódios marcantes
Os atos refletiram o atual clima de divisão política no país. O evento de direita na Paulista contou com momentos de forte emoção, como o discurso da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que chorou ao falar sobre os desafios enfrentados pelo movimento. Já o ato de esquerda enfrentou tensões, incluindo a presença de um sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff, que, segundo relatos, invadiu o evento da direita proferindo ofensas.
A análise da USP reforça a relevância dos números para compreender a dinâmica das manifestações. Enquanto o ato de direita demonstrou maior capacidade de reunir multidões, ambos os eventos expuseram a intensidade do debate político atual, com pautas que vão desde anistia até críticas a lideranças políticas, como as declarações do presidente Lula sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, repudiadas pela organização StandWithUs Brasil.
Os dados da USP oferecem um panorama objetivo do engajamento popular em São Paulo e no Rio, destacando a força das mobilizações de direita no feriado de 7 de setembro, em contraste com o menor alcance do ato de esquerda.
