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Tarcísio de Freitas já trata disputa presidencial como prioridade absoluta para 2026

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Tarcísio de Freitas já trata disputa presidencial como prioridade absoluta para 2026

Brasil – A pré-campanha de Tarcísio de Freitas ganhou contornos claros: o governador de São Paulo já considera a disputa pela Presidência da República como seu principal objetivo para 2026. Segundo apuração da Rádio CBN, Tarcísio vem discutindo cenários com marqueteiros há pelo menos dois meses, enquanto sua equipe interna trabalha em diferentes modelos de estratégia que sustentariam uma eventual candidatura ao Planalto.

De acordo com uma fonte próxima ao núcleo da pré-campanha, a reeleição no governo paulista — embora tecnicamente viável — é tratada como “plano B”, a ser acionado somente se o ambiente eleitoral não favorecer uma guinada nacional. Nos bastidores, a avaliação é de que Tarcísio reúne hoje capital político suficiente para liderar a direita pós-Bolsonaro, especialmente em um momento de incertezas após a prisão do ex-presidente.

As articulações envolvendo Tarcísio colocam diversos partidos na mesa. Além do Republicanos, legenda pela qual governa São Paulo, o entorno político monitora com atenção os movimentos de PL, União Brasil, PP e PSD — todos vistos como potenciais pilares de uma aliança robusta em 2026.

Há, porém, um dilema estratégico. Parte da base pressiona para que Tarcísio migre ao PL e forme uma chapa com Michelle Bolsonaro, reforçando seu vínculo com o bolsonarismo tradicional. Por outro lado, conselheiros mais moderados preferem evitar essa filiação, argumentando que um alinhamento direto ao partido de Bolsonaro poderia afastar eleitores de centro, considerados essenciais para vencer uma eleição nacional apertada.

Outros cenários também são avaliados. Uma coligação unindo PL, União Brasil, PP e Republicanos garantiria um dos maiores tempos de TV do país — recurso valioso em uma disputa presidencial. Já uma aproximação com o PSD abriria espaço para uma parceria com Ratinho Junior, governador do Paraná, cotado como possível vice. A chapa teria, segundo aliados, boa penetração no Nordeste, região decisiva no xadrez eleitoral.

Marqueteiros envolvidos na pré-campanha aconselharam Tarcísio a aguardar a reação popular à prisão de Jair Bolsonaro antes de definir o tom de seu discurso nacional. “A comoção pode ser forte, mas também pode ser nula. Isso pode ser a pá de cal ou o impulso final da força bolsonarista”, disse um interlocutor à CBN.

Na semana passada, a defesa do ex-presidente solicitou autorização para que Tarcísio visite Bolsonaro no dia 10 de dezembro, em Brasília — pedido aceito pelo ministro Alexandre de Moraes. Nos bastidores, cresce a expectativa de que Bolsonaro sinalize publicamente apoio ao governador paulista como seu nome para 2026, gesto que poderia reorganizar a direita no país.

No campo programático, o eixo principal de uma eventual candidatura deverá ser o custo de vida, com críticas ao governo Lula pelo não cumprimento de promessas relacionadas à renda, alimentação e bem-estar das famílias brasileiras. Segurança pública — especialmente o combate ao crime organizado — também deve ocupar posição de destaque no discurso.

Mesmo enquanto intensifica críticas ao governo federal e articula alianças, Tarcísio seguirá declarando publicamente que é pré-candidato à reeleição em São Paulo, postura considerada estratégica para evitar desgaste prematuro e manter o foco na gestão estadual.

Ontem, o governador voltou a provocar o cenário nacional ao publicar um vídeo em que afirma que o Brasil “precisa trocar de CEO para voltar a funcionar”. A gravação destaca uma fala feita durante evento do grupo G4 Educação, na última sexta-feira, onde Tarcísio foi aplaudido ao erguer uma bandeira do Brasil — gesto simbólico que reacende sua identificação com o eleitorado conservador.

Com as movimentações internas cada vez mais intensas e um cenário nacional em ebulição, aliados acreditam que a decisão definitiva de Tarcísio deve ser anunciada apenas no início de 2026. Até lá, o governador segue montando a engrenagem de uma candidatura que, nos bastidores, já não é mais tratada como possibilidade — mas como destino.



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