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Servidores do “Recicla Galera” são acusados de receber do Governo do AM quase R$ 80 mil sem trabalhar

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Amazonas – Um levantamento feito com base em documentos oficiais revela indícios de uso irregular de diárias por parte da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), vinculada ao Governo do Amazonas, durante a realização do Projeto Recicla Galera, executado no município de Parintins entre os dias 18 de junho e 2 de julho.

De acordo com a denúncia, a SEMA teria autorizado o pagamento integral de diárias a 29 servidores supostamente deslocados para Parintins no período do Festival Folclórico.

No entanto, a escala de voos da Casa Militar do Estado, que coordenou a logística aérea, mostra que os deslocamentos ocorreram de forma escalonada e não nas datas oficialmente informadas pela secretaria.

A divergência levanta suspeitas de pagamentos indevidos, já que alguns servidores teriam recebido diárias mesmo sem estarem fisicamente em Parintins durante todo o período.

Outro ponto destacado na denúncia refere-se ao valor das diárias pagas.

Segundo as normas que regem o serviço público estadual, o servidor só tem direito à diária integral quando não há fornecimento de hospedagem e alimentação.

No caso do Recicla Galera, a empresa Parintur, responsável pela logística do evento, confirmou o fornecimento desses benefícios para todos os servidores envolvidos.

Ainda assim, os pagamentos teriam sido realizados de forma integral, quando o correto seria a concessão de meia diária.

A situação mais grave envolve um colaborador da AADESAM (Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental), Marcelo Leão, que aparece como beneficiário de diárias entre os dias 18/06 e 02/07.

Entretanto, registros mostram que ele se encontrava em período oficial de férias de 26/05 a 24/06, o que torna o pagamento irregular.

Mesmo após o fim das férias, Leão teria permanecido fora de Parintins, mas ainda assim continuou recebendo diárias.

Os fatos relatados podem configurar enriquecimento ilícito, falsidade ideológica e improbidade administrativa, conforme a legislação vigente. A denúncia foi encaminhada com um pedido formal de apuração às autoridades competentes, entre elas o Ministério Público do Estado do Amazonas, a Casa Militar e a direção da AADESAM.

O caso levanta preocupações sobre a transparência na gestão dos recursos públicos e reforça a necessidade de maior controle sobre os gastos com diárias e deslocamentos de servidores durante eventos oficiais.

Veja documentos 





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