Saiba quais são as empresas que ganharam mais de R$ 3,4 milhões para refrigerar a prefeitura de Anori
Amazonas – Em meio a questionamentos sobre prioridades orçamentárias e transparência na gestão pública, o prefeito de Anori, Reginaldo Nazaré da Costa (Republicanos), autorizou o uso de R$ 3,4 milhões dos cofres municipais para a aquisição de mobília e serviços de instalação e desinstalação de aparelhos de ar-condicionado.
As contratações foram formalizadas por meio dos Pregões Eletrônicos nº 020 e 021/2025, conforme publicado no Diário Oficial dos Municípios do Amazonas.
O montante de R$ 3.411.459,30 será repartido entre seis empresas. O maior contrato foi firmado com a J L Gama (CNPJ 26.551.273/0001-18), no valor de R$ 1.035.978,80.
A empresa será responsável por parte significativa do fornecimento de mobília.
Também foram contratadas:
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AND Comércio Varejista de Mercadorias Ltda. (CNPJ 48.508.829/0001-26) – R$ 669.727,50
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V R P de Oliveira Comércio e Representação de Equipamento Médico-Hospitalar Ltda. (CNPJ 45.030.413/0001-57) – R$ 34.260,00
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Jaguar Soluções Integradas Ltda. (CNPJ 08.086.641/0001-12) – R$ 658.255,00
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E A Comércio e Serviços de Informática Ltda. (CNPJ 15.353.644/0001-30) – R$ 605.238,00
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José Lopes Dias – ME (CNPJ 37.644.588/0001-26) – R$ 408.000,00
Apesar da publicação oficial, os detalhes completos dos processos licitatórios não estão disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura de Anori, que segue desatualizado.
A ausência de informações reforça críticas quanto à falta de clareza nas ações da administração municipal.
A polêmica em torno dos contratos ocorre poucas semanas após o prefeito Reginaldo Nazaré ser multado pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) em R$ 13,6 mil, por conta da ausência de plano de contingência da Defesa Civil municipal em 2021.
A sanção foi motivada por representação do Ministério Público de Contas, com base na Lei nº 12.608/2012, que trata da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.
As contratações, somadas à penalidade aplicada pelo TCE-AM e à falta de transparência no portal oficial, estão gerando forte repercussão entre vereadores da oposição, lideranças comunitárias e parte da população. A expectativa é de que o caso seja alvo de questionamentos formais junto ao Ministério Público e órgãos de controle.
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