Saiba quem é Sargento Salazar: a verdadeira face do policial que paga de herói mas esconde um passado sombrio
Manaus – Preparem as pipocas, porque o picadeiro da política amazonense está em chamas! No centro do palco, o vereador Alexandre da Silva Salazar, mais conhecido como Sargento Salazar (PL), o ex-policial militar que abandonou a farda para virar estrela das redes sociais – e, de quebra, carrega nas costas uma denúncia de homicídio e um histórico que faz qualquer um perguntar: “Como esse cara foi parar na Câmara Municipal?”. Eleito com 22.594 votos em 2024, Salazar é a prova viva de que, no Brasil, o talento para “lacrar” na internet vale mais que um currículo limpo.
A fama do sargento veio dos seus “showzinhos” no Instagram, onde filmava abordagens policiais como se fosse um herói de filme de ação – ou um comediante de quinta categoria, dependendo do ponto de vista. Só que, em 2019, o roteiro deu errado. Durante um desses espetáculos virtuais, ele perseguiu dois suspeitos de roubo, colidiu com a moto deles e descarregou seis tiros em Felipe Kevin de Oliveira Costa, de 27 anos. O jovem morreu, e as investigações mostraram que ele não tinha nada a ver com o assalto. Isso mesmo: Salazar matou o cara errado e ainda posou de justiceiro. “Era bandido”, bradou ele na época, mas a verdade veio à tona como um balde de água fria – e o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) não deixou barato, denunciando o blogueiro fardado por homicídio.
Mas o show não para por aí! Em 2024, um inquérito militar jogou mais lenha na fogueira, acusando Salazar de abuso de autoridade e transgressão disciplinar por insistir em exibir suas “façanhas” na internet, incluindo imagens de detenções que deveriam ficar no sigilo do quartel, não no feed dos seguidores. Pelo visto, o sargento acha que a lei é só um detalhe no seu caminho rumo ao estrelato digital. E o que dizer do comportamento no legislativo? Dias atrás, o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis, teve que dar um puxão de orelha no vereador após ele soltar um palavrão no plenário.
Não é a primeira vez que o Brasil coloca um palhaço no poder – literal ou figurativamente. Quem não lembra do Tiririca, o comediante que virou deputado federal e pelo menos fazia rir sem deixar um rastro de sangue? Salazar, por outro lado, parece querer misturar o circo com o faroeste, e o resultado é esse fiasco que envergonha até os mais otimistas. O vereador mais votado de Manaus prova que bravatas ainda seduzem eleitores, mesmo quando o preço é pago com vidas alheias.
Enquanto o MP-AM tenta colocar um freio nesse espetáculo de horrores, Salazar segue posando de macho alfa nas redes, jurando inocência e ameaçando processar quem o critica. A pergunta que fica é: até quando o povo vai aplaudir esse enredo torto? Se depender do histórico, o próximo ato pode ser ainda mais surreal. Fique ligado, porque o circo está armado – e o palhaço, bem, esse já tem cadeira cativa na CMM.