Brasília Amapá Roraima Pará |
Manaus
Web Stories STORIES
Brasília Amapá Roraima Pará

Relator da CPMI do INSS defende prisão perpétua do Careca do INSS: “se existisse, seria um forte candidato à pena!”

Compartilhe
Relator da CPMI do INSS defende prisão perpétua do Careca do INSS: “se existisse, seria um forte candidato à pena!”

Brasil – O depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, o polêmico “Careca do INSS”, transformou a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta quinta-feira (25) em um verdadeiro ringue político. O relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), fez duras críticas ao empresário, chegando a afirmar que, se o Brasil tivesse prisão perpétua ou pena de morte, Antunes seria um “candidato sério” a cumpri-las.

O embate começou quando Antunes, amparado por um habeas corpus, se recusou a responder perguntas do relator. Ele justificou o silêncio alegando que Gaspar já o havia chamado de “ladrão” em ocasiões anteriores. “Ele já me julgou e condenou”, disse o empresário, em tom de indignação.

Reunião com ministro de Lula em pauta

Um dos momentos mais tensos da sessão ocorreu quando Gaspar questionou o motivo de Antunes ter participado de uma reunião com o então secretário-executivo do Ministério da Previdência, Wolney Queiroz (PDT), em janeiro de 2023, apenas 13 dias após o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O relator disparou:

“Por que essa proximidade com Lula logo nos primeiros dias do desgoverno?”

Antunes respondeu que apenas acompanhava o amigo Alessandro Fonseca, ligado à família Queiroz, e que esteve presente por “educação”. Segundo ele, não houve nenhuma tratativa de negócios ou benefícios relacionados ao governo.

Silêncio, bate-boca e provocações

O clima esquentou quando o advogado de Antunes, Cleber Lopes de Oliveira – também responsável pela defesa do deputado cassado Chiquinho Brazão – bateu boca com o deputado Zé Trovão (PL-SC), transformando a sessão em um espetáculo de acusações cruzadas.

Posteriormente, o empresário aceitou responder a parlamentares de outros partidos, negou qualquer ato ilícito e disse que a imagem de “Careca do INSS” é uma invenção. “Nunca fui e jamais serei esse Careca do INSS. Criaram uma narrativa fantasiosa”, afirmou.

Ele também rechaçou acusações de ostentação, negando a posse de uma Ferrari, e disse que nunca teve contratos com governos. A única doação política admitida foi simbólica: R$ 1 à campanha de Jair Bolsonaro.

Delação recusada

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) perguntou se Antunes cogitaria uma delação premiada. A resposta foi categórica: não.
“Não tenho nada a colaborar. Minha relação é privada. Vendo produto e vou atrás de cliente em mercado. Criaram um personagem que não sou eu”, rebateu.

Relator endurece

Insatisfeito com as respostas, o deputado Alfredo Gaspar fez um dos ataques mais duros já vistos na comissão:
“Se tivesse pena de morte ou prisão perpétua no Brasil, o senhor seria candidato seriamente a ser indicado. Pelo que o senhor fez com milhões de brasileiros. O senhor está blindado por seus padrinhos políticos”, disse o relator, sob protestos de aliados do governo.

A sessão terminou em clima de tensão, sem avanços práticos, mas consolidando o tom político explosivo que marca a CPMI do INSS.


Banner FIGA2025

Banner Rodrigo Colchões

Banner 1 - Portal CM7 Siga-nos no Google News Portal CM7



Carregar mais