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“R$ 6 milhões jogados no lixo”: obra de hospital financiada pela União apodrece esquecida pelo governo Wilson Lima

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“R$ 6 milhões jogados no lixo”: obra de hospital financiada pela União apodrece esquecida pelo governo Wilson Lima

Amazonas – O Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), erguido nos fundos do Hospital Delphina Aziz, em Manaus, com recursos federais, está abandonado desde sua entrega em janeiro de 2020.

A unidade, planejada para atender pessoas com deficiência física, auditiva, visual e intelectual, nunca entrou em funcionamento.

A situação foi denunciada pelo deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza), que acionou o Ministério Público Federal (MPF) para investigar o caso.

De acordo com a vistoria do parlamentar, a estrutura apresenta matagal, pichações e sinais de invasão, mesmo estando pronta há quase cinco anos.

“O Estado recebe verbas federais para investir em saúde, mas abandona obras que poderiam atender milhares de pessoas. É um verdadeiro descaso”, afirmou Barreto.

Investigação do MPF

O caso foi protocolado no 6º Ofício do Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Amazonas.

Segundo o MPF, há indícios de lesão ao patrimônio público e ao direito à saúde, e será analisado se há elementos para abertura de investigação por improbidade administrativa e dano ao erário.

Estrutura pronta, mas inoperante

O CER IV foi construído com mais de R$ 6,1 milhões e entregue pelo governo estadual, mas jamais foi equipado ou habilitado. A obra foi realizada pela Construtora Progresso Ltda., a partir de contrato firmado entre a antiga SUSAM e o Ministério da Saúde.

Enquanto isso, o governo estadual tentou substituir o centro abandonado pela Policlínica Codajás, rebatizada como novo CER IV — medida criticada como insuficiente para atender a demanda da população com deficiência.

Prejuízo social

O abandono do CER IV impacta diretamente os cerca de 223 mil pessoas com deficiência no Amazonas, público que depende do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamentos especializados. Barreto alerta que a omissão do Estado representa “uma violação direta ao direito à saúde e à inclusão”.

A situação se torna ainda mais polêmica em meio aos pedidos do governador Wilson Lima por mais repasses federais para a saúde estadual, enquanto estruturas já pagas com verba federal permanecem inativas.

O MPF ainda não definiu se abrirá investigação formal, mas acompanha o caso de perto.

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