Quociente Eleitoral: entenda o fator decisivo para a distribuição de cadeiras na CMM
Manaus – O Quociente Eleitoral (QE) tornou-se uma peça-chave para os candidatos que almejam conquistar uma das 41 cadeiras na Câmara Municipal de Manaus nas eleições municipais de 2024. Desde o último pleito em 2022, o QE tem sido um dos fatores determinantes do processo eleitoral, especialmente após a extinção das coligações.
O cálculo do quociente eleitoral baseia-se exclusivamente nos votos válidos para cada cargo em disputa. Considera-se voto válido a soma do voto nominal, quando o eleitor escolhe um candidato específico, e o voto de legenda, quando o eleitor opta apenas pelo partido ou coligação. Com esses dados, o quociente eleitoral (QE) é calculado dividindo-se o número total de votos válidos pelo número de lugares a serem preenchidos na respectiva casa legislativa, no caso, a Câmara Municipal de Manaus.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de eleitores em Manaus aumentou significativamente desde as eleições municipais de 2020, passando de 992.298 para 1.434.915. No entanto, para fins de cálculo do QE, considera-se apenas os votos válidos, excluindo os brancos e nulos. Assim, com base nos 91% de eleitores que efetivamente votam, o número de eleitores válidos é de aproximadamente 1.304.387. Dividindo-se esse valor pelas 41 cadeiras na Câmara Municipal, chega-se ao número mínimo de votos que cada legenda deve conquistar para garantir uma cadeira no plenário Adriano Jorge.
É importante ressaltar que, mesmo obtendo um número expressivo de votos, é fundamental que o partido alcance os 31 mil votos exigidos pelo quociente eleitoral. Um exemplo disso ocorreu nas eleições de 2020, quando a “bancada das manas” recebeu um considerável número de 7.662 votos, porém, o partido PSOL não conseguiu atingir o quociente, deixando seus candidatos sem mandato na Câmara Municipal.