“Puxada de tapete”: Wilson Lima exonera Joana Darc e racha entre aliados acende alerta nos bastidores políticos
Amazonas – A relação próxima entre o governador Wilson Lima (União Brasil) e a deputada estadual licenciada Joana Darc (União Brasil) ganhou um capítulo inesperado nesta segunda-feira, 17 de novembro, com a exoneração da parlamentar do comando da Secretaria de Proteção Animal do Amazonas (Sepet). O decreto, publicado no Diário Oficial, pegou de surpresa integrantes do próprio governo e foi interpretado por aliados como uma “puxada de tapete” em uma das figuras mais fiéis ao governador dentro do partido.
Joana Darc ficou pouco mais de um mês à frente da pasta, um período curto, instável e marcado por troca de nomes, reorganização interna e ausência de avanços concretos. O retorno imediato da deputada à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desencadeou um efeito dominó em cargos legislativos, reacendendo críticas à falta de estratégia do União Brasil e às disputas por espaço dentro da base governista.
O governo não explicou os motivos da saída. Horas depois da exoneração, Joana publicou uma mensagem enigmática no Instagram: “Se soubéssemos o que é dito na nossa ausência, não sorriríamos para tanta gente.”
Nos bastidores, a frase foi lida como um recado direto ao Palácio do Governo e como sinal evidente de desgaste entre ela e Wilson Lima.
Assessores próximos afirmam que Joana esperava mais respaldo e autonomia na recém-criada Sepet, e viu sua saída antecipada como um rompimento abrupto de confiança.
Dança das cadeiras e um peão sacrificado
Com seu retorno à Aleam, a vereadora Professora Jacqueline deixa a Assembleia e volta à Câmara Municipal de Manaus. A movimentação derruba novamente Amauri Gomes, suplente do mesmo partido, que mais uma vez perde o mandato.
Nos corredores da Aleam, a avaliação é dura: Amauri virou “peão sacrificado” de um jogo político calculado pelas lideranças do União Brasil.
A movimentação enfraquece ainda mais a imagem de estabilidade do partido no Amazonas, e reacende disputas internas por espaço, principalmente entre grupos ligados ao governador e aos parlamentares.
Secretaria instável e dominada por interesses políticos
A criação da Secretaria de Proteção Animal, vista inicialmente como vitrine para Joana Darc, forte defensora da causa, transformou-se em sinônimo de instabilidade. Em pouco mais de 30 dias, a pasta já anunciou outro titular.
A saída de Joana levou à nomeação de Edgar Duarte Nogueira, antes secretário-executivo da Sepet.
Mas o nome dele também levanta questionamentos: Nogueira é apontado como ligado ao marido de Joana, Aldenor Lima, e chegou a doar R$ 6 mil para a campanha dele em 2024.
Confira o documento:





