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Presidente do União Brasil, Antônio Rueda, é investigado pela PF por uso de jato operado por empresa de Manaus

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Presidente do União Brasil, Antônio Rueda, é investigado pela PF por uso de jato operado por empresa de Manaus

Brasil – Novos documentos reforçam a ligação do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, com um jato executivo avaliado em R$ 23,9 milhões, investigado pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Tank. Comprovantes de transferências bancárias e notas fiscais revelam que, no fim de 2022, Rueda solicitou três pagamentos de R$ 200 mil cada para bancar voos da aeronave Cessna Citation Excel, matrícula PR-LPG.

Os repasses foram realizados entre agosto e outubro daquele ano, período das eleições gerais, pela Excelsior Seguros – empresa do deputado federal Luciano Bivar (União-PE) – diretamente à Rico Táxi Aéreo, companhia de aviação de Manaus responsável pela operação do jato à época.

Primeiros vínculos documentados

Essa é a primeira vez que surgem registros oficiais conectando Rueda à aeronave. Segundo cinco testemunhas ouvidas pela reportagem, o dirigente partidário se apresentava como dono do jato em sociedade com o empresário amazonense Alessandro Bronze, apesar de este negar qualquer vínculo societário.

Bronze era o proprietário formal da aeronave no período, junto ao empresário cearense Francisco Willame Santiago, e se aproximou de Rueda em 2021, quando articulou o apoio do União Brasil à reeleição do governador Wilson Lima (União-AM). O movimento enfraqueceu a candidatura do ex-governador Amazonino Mendes.

Ruptura política e acusações

Na época, Bivar havia delegado a Rueda a gestão do partido e parte de seus negócios. O rompimento entre os dois, porém, transformou antigos aliados em inimigos declarados. Ao ser procurado, Bivar confirmou a emissão das notas fiscais, mas preferiu não estender comentários:

“Não falo mais sobre esse assunto. Rueda é um mentiroso contumaz”, disparou.

Rueda não se manifestou sobre as revelações.

A mira da Polícia Federal

O Cessna Citation PR-LPG é uma das quatro aeronaves investigadas pela PF por possível relação com o grupo político-empresarial de Rueda. A suspeita é de que parte desses ativos tenha ligação indireta com operações financeiras do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis, foco central da Operação Tank, deflagrada em agosto deste ano.

Segundo depoimento à PF, o ex-piloto da empresa Transportes Aéreos Piracicaba (TAP), Mauro Caputti Mattosinho, relatou que um de seus superiores mencionava Rueda como o líder de um grupo “com muito dinheiro que precisava gastar” na aquisição de aeronaves.

Mudanças de controle

De julho de 2022 a março de 2023, a Rico Táxi Aéreo pagava R$ 60 mil mensais pelo arrendamento da aeronave. Em seguida, Bronze e Santiago venderam o jato à Magic Aviation, presidida por Bruno Ferreira Vicente de Queiroz, contador que já administra outra empresa ligada a aeronaves supostamente usadas por Rueda.

Atualmente, o PR-LPG é operado pela TAP, empresa sem relação com a companhia portuguesa de mesmo nome.

O que dizem os envolvidos

Rico Táxi Aéreo: informou que não comenta informações sobre seus clientes.

Alessandro Bronze: negou sociedade com Rueda e disse que adquiriu o jato em processo judicial, posteriormente revendendo-o.

Luciano Bivar: confirmou pagamentos, mas atacou o dirigente partidário.

Antônio Rueda: foi procurado, mas não respondeu.

Enquanto a PF aprofunda as investigações, o caso expõe mais uma fissura no União Brasil e coloca Rueda sob pressão política e jurídica.


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