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Prefeita Valciléia paga mais de R$ 5 milhões em “obra emergencial” para Construtora Pomar em Manacapuru

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Prefeita Valciléia paga mais de R$ 5 milhões em “obra emergencial” para Construtora Pomar em Manacapuru

Amazonas – Mais uma vez, a Prefeitura de Manacapuru, sob o comando da prefeita Valciléia Maciel, está no centro de uma polêmica que mistura gastos exorbitantes e decisões administrativas duvidosas. O novo capítulo dessa história é a contratação, sem licitação, de uma obra de construção de um muro de contenção orçada em impressionantes R$ 5.109.000,00. Assinado por meio da Dispensa Eletrônica Emergencial nº 003/2025, o contrato reacende o alerta sobre como os recursos públicos estão sendo geridos na cidade e coloca em xeque a transparência e as prioridades da administração municipal.

Segundo o Diário Oficial, a obra inclui estacas de contenção, reaterro com solo usinado, terraceamento, demolição de estruturas, limpeza, drenagem e recuperação de pavimentos. A justificativa? Atender a supostas necessidades do Fundo Municipal de Proteção e Defesa Civil (FMPDC), com aval da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. O detalhe é que o rótulo de “emergência” foi usado para justificar a ausência de um processo licitatório competitivo, algo que deveria ser exceção, mas que em Manacapuru parece estar se tornando regra.

Emergência ou Desculpa?

A legislação brasileira permite a dispensa de licitação em situações emergenciais, mas exige que haja clareza na demonstração do risco iminente e na escolha da empresa contratada. O que se vê em Manacapuru, porém, é um padrão preocupante: a palavra “emergencial” sendo usada como passe livre para contratos milionários sem concorrência. Será que a construção de um muro realmente representa um perigo tão imediato que não havia tempo para um processo transparente? Ou será que o termo está sendo manipulado para justificar decisões que beneficiam interesses específicos?

A falta de respostas claras só alimenta a desconfiança. Afinal, se a obra é tão urgente, por que não houve um planejamento prévio que evitasse a necessidade de uma dispensa? Em um município onde o caos urbano é visível — ruas esburacadas, escolas precárias e unidades de saúde desabastecidas —, a escolha de gastar mais de cinco milhões em um muro soa como um tapa na cara da população.
Não é preciso ser especialista em gestão pública para perceber que algo está errado. Enquanto a prefeitura despeja milhões em uma obra que, no mínimo, merecia um debate público mais amplo, os moradores de Manacapuru continuam enfrentando problemas básicos não resolvidos. Faltam remédios nos postos de saúde, as crianças estudam em salas sem ventilação adequada e o asfalto das ruas, em frangalhos, é um retrato vivo da negligência. Diante disso, como justificar que um muro seja tratado como prioridade máxima?

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