Prefeita Marina Pandolfo quer gastar R$ 8,4 milhões para construir escola com apenas 5 salas de aula; veja
Amazonas – Um contrato milionário publicado recentemente no Diário Oficial dos Municípios do Estado do Amazonas acendeu o alerta vermelho sobre os gastos públicos em Nhamundá. A gestão da prefeita Marina Pandolfo (conforme consta no contrato nº 046/2025) homologou a construção de uma escola na zona rural com um custo que desafia a lógica orçamentária básica: R$ 8.400.000,00 (Oito milhões e quatrocentos mil reais).
O que chama a atenção não é a obra em si, necessária para a educação, mas a dimensão do projeto versus o valor final. Segundo o documento oficial, o objeto é a construção de uma escola de apenas 5 salas em tempo integral na Comunidade Nossa Senhora da Conceição, no Juruá Estrada.
A Matemática do Absurdo Se dividirmos o valor total da obra (R$ 8,4 milhões) pelo número de salas de aula (5), chegamos a um custo aproximado de R$ 1,68 milhão por sala de aula. Mesmo considerando a estrutura de apoio (banheiros, refeitório, administrativo) e a logística amazônica, o valor salta aos olhos de qualquer especialista em construção civil ou gestão pública.
Para efeito de comparação, esse montante seria suficiente para construir unidades educacionais muito maiores em outros municípios da região. A pergunta que fica para a população de Nhamundá é: essa escola terá torneiras de ouro? O acabamento será de luxo? Ou estamos diante de um indício grave de mau uso do dinheiro público?
Detalhes da Contratação
A empresa vencedora da Concorrência Eletrônica nº 005/2025 é a Alessiane Machado Arquitetura Ltda (CNPJ 53.561.274/0001-16). O prazo para a execução é de 14 meses. Os recursos saem de um convênio federal (FNDE) e dos cofres da própria prefeitura.
Onde estão os órgãos de controle? A publicação do extrato no dia 17 de novembro de 2025 oficializa o gasto, mas não explica os custos unitários. Diante de cifras tão elevadas para uma estrutura de pequeno porte, torna-se urgente a atuação da Câmara de Vereadores e do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) para auditar a planilha orçamentária.




