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PF aponta que ao menos 5 jatos seriam de Antônio Rueda, presidente do União Brasil; veja

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PF aponta que ao menos 5 jatos seriam de Antônio Rueda, presidente do União Brasil; veja

Brasil – A Polícia Federal (PF) apura se o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, é o verdadeiro dono de pelo menos cinco jatinhos avaliados em mais de R$ 60 milhões, apesar de oficialmente eles estarem registrados em nome de terceiros. A investigação ocorre no âmbito da Operação Tank, desdobramento da Carbono Oculto, que investiga a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos setores de combustíveis e financeiro.

Documentos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revelam que as aeronaves estariam registradas em nome de empresas ligadas ao contador Bruno Ferreira Vicente de Queiroz, 37 anos, natural de Fortaleza (CE) e atualmente residente em São Paulo. Ele aparece como diretor, presidente ou sócio de pelo menos 15 empresas na Receita Federal, entre elas a Magic Aviation e a Rovaniemi Participações S.A., ambas donas de jatos atribuídos a Rueda.

Aviões de luxo em nome de terceiros

Entre as aeronaves em questão estão:

Cessna 560 XL (PR-LPG) – avaliado em R$ 12,5 milhões, hoje registrado em nome da Magic Aviation.

Gulfstream G200 (PS-MRL) – vendido em abril de 2025 por US$ 4 milhões (R$ 21,2 milhões) à Rovaniemi Participações.

Raytheon R390 (PR-JRR) – adquirido por cerca de R$ 13 milhões por empresa ligada a políticos e empresários do Ceará e Pernambuco.

Cessna Citation J2 (PT-FTC) – vendido em setembro de 2023 por R$ 13,72 milhões a uma firma de fachada no Maranhão.

Outro Cessna Citation, também operado pela empresa Transportes Aéreos Piracicaba (TAP).

Todas essas aeronaves têm em comum o fato de serem utilizadas pela TAP Táxi Aéreo, empresa também mencionada na Carbono Oculto por operar voos para investigados ligados ao PCC.

O áudio sobre “dez jatinhos”

Um áudio obtido pelo portal Metrópoles reforça as suspeitas. Nele, Antônio Rueda teria dito a correligionários, em 2021, que possuía cinco jatinhos e pretendia chegar a dez, ressaltando que cada aeronave poderia render até R$ 500 mil por mês em serviços de táxi aéreo.

De acordo com relatos, Rueda utilizava seus próprios aviões em viagens partidárias, mas quem arcava com os custos era o PSL — partido que mais tarde se fundiu ao DEM para formar o União Brasil.

Depoimento cita Rueda como “chefe do grupo”

No inquérito da Operação Tank, o piloto Mauro Caputti Mattosinho, ex-funcionário da TAP, afirmou à PF que o empresário Epaminondas Chenu, dono da companhia, citava Rueda como líder de um grupo que “tinha muito dinheiro e precisava gastar”, o que justificaria a compra de várias aeronaves.

Rueda nega

Procurado, o presidente do União Brasil negou categoricamente ser dono de aeronaves ou ter qualquer vínculo com os investigados nas operações Carbono Oculto e Tank. Segundo ele, seu nome foi “suscitado em um contexto absolutamente infundado” e que tomará “todas as medidas cabíveis para proteger sua reputação”.

Próximos passos

Até o momento, Rueda não é formalmente investigado, mas a PF não descarta abrir um inquérito específico caso surjam novos indícios. Os registros da Anac e os depoimentos colhidos pela Polícia Federal estão sendo cruzados com as operações financeiras das empresas controladas por Bruno Ferreira Vicente de Queiroz, apontado como laranja no esquema.


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