O “Ranking da Vergonha”: Tadeu de Souza começa a expor o abandono de Wilson Lima no interior do AM; veja vídeo
Amazonas – O cenário político no Amazonas está em redefinição à medida que se aproxima o prazo de desincompatibilização do governador Wilson Lima, previsto para abril de 2026, quando ele deixará o cargo para concorrer ao Senado. Com a saída de Lima, o vice-governador Tadeu de Souza assumirá o comando do estado, e seu discurso público mais recente, divulgado nesta quarta-feira (3/12), sinaliza uma mudança estratégica de posicionamento.
Foco na Crise do IDH e o “Ranking da Vergonha”
A crítica central do vice-governador, baseada em dados de desenvolvimento humano, mira as deficiências estruturais do interior do estado. Tadeu de Souza destacou a situação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios do Amazonas, classificando a situação como uma “grande vergonha” e um “Ranking da Vergonha”.
Municípios no Fundo do Ranking: De acordo com os dados apresentados, 11 dos 62 municípios do Amazonas estão entre os 69 piores IDHs do país.
Caso Emblemático: O município de Atalaia do Norte, no Alto Solimões, foi citado por possuir o terceiro pior IDH do Brasil.
O vice-governador ressaltou que esses indicadores revelam a ausência de um “planejamento de verdade” e a urgência de uma resposta focada no interior, que ele define como having desafios críticos em logística, potencial econômico, saúde e educação.
Posicionamento Estratégico para 2026
O momento da crítica — ainda sob a gestão Wilson Lima — é analisado como um movimento estratégico de distanciamento e de construção de uma identidade própria para Tadeu de Souza.
Enquanto o vice-governador direciona o foco para o “Ranking da Vergonha” do IDH, um símbolo da crise social aguda no estado, sua crítica é uma denúncia velada: Wilson Lima está, na prática, mais focado na eleição de 2026 e na politicagem do que no cuidado emergencial do povo do interior. O movimento de Tadeu, ao assumir a liderança da pauta de desenvolvimento humano, sinaliza que o governador está negligenciando as prioridades de gestão em favor de seu projeto pessoal no Senado, deixando para seu sucessor a tarefa urgente de resgatar o interior do Amazonas do esquecimento.


