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‘Nem comédia, nem jornalismo’: Cynthia Blink é detonada após fazer chacota com cristãos e debochar da fé

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‘Nem comédia, nem jornalismo’: Cynthia Blink é detonada após fazer chacota com cristãos e debochar da fé

Amazonas – Um vídeo publicado recentemente nas redes sociais pela jornalista Cynthia Blink disparou um gatilho de indignação e revolta em grande parte da comunidade cristã, especialmente no Amazonas. O conteúdo, divulgado no instagram e TikTok, foi recebido por internautas não como uma sátira política saudável, mas como uma verdadeira chacota ao sentimento religioso.

Ao mimetizar a figura de uma pastora em um púlpito, utilizando elementos que remetem ao sagrado para proferir falas absurdas, a jornalista foi acusada de ridicularizar a fé alheia. A gravação se espalhou rapidamente, gerando uma enxurrada de críticas que apontam para um comportamento de intolerância religiosa disfarçado de entretenimento.

“Não é humor, é desrespeito”, afirmam fiéis nas redes sociais

A reação do público foi imediata e severa. Nos campos de comentários, a palavra “desrespeito” é a mais frequente. Para muitos cristãos, a liberdade de expressão não deve servir de escudo para quem deseja achincalhar crenças fundamentais.

“Criticar a conduta de políticos é um direito de todos, mas fazer pouco caso da liturgia e zombar da forma como professamos nossa fé é cruzar uma linha perigosa”, escreveu um fiel em resposta ao vídeo.

Outros internautas destacaram a seletividade do deboche:

“Se fosse com outras religiões ou grupos específicos, a reação da própria imprensa seria outra. Duvido ela fazer isso com mulçumanos e ou o pessoal dos terreiros”, apontou um usuário.

“Onde termina a piada e começa o ataque à liberdade religiosa garantida pela nossa Constituição?”, questionou outro.

A revolta é amplificada pelo fato de Blink ser uma profissional da comunicação. Críticos argumentam que, ao ter acesso a canais de ampla visibilidade, ela possui uma responsabilidade ética que foi ignorada em favor de “likes” e engajamento fácil através da polêmica.

O perigoso limite entre a sátira e o escárnio

Especialistas em comunicação e líderes religiosos observam que ridicularizar símbolos de fé — como o púlpito, a Bíblia e a oratória pastoral — contribui para a polarização e para o aprofundamento de divisões sociais. Em vez de promover o debate sobre a relação entre religião e política, o vídeo foi interpretado como um ataque direto à identidade do povo evangélico.

Para as lideranças ouvidas, o conteúdo de Cynthia Blink não apenas ofende, mas desumaniza o fiel, tratando-o como alguém incapaz de discernimento. O episódio reacende uma discussão necessária no país: até que ponto a busca pela audiência justifica o escárnio contra o que é sagrado para o próximo?

NOTA DE REPÚDIO PÚBLICO E INSTITUCIONAL

A Associação Nacional de Jornalismo Digital (ANJD) vem a público manifestar veemente repúdio à conduta da jornalista Cynthia da Silva Pinheiro, conhecida publicamente como Cintia Blink, diante de conteúdos recentemente veiculados em seu canal de comunicação, nos quais faz uso indevido, jocoso e desrespeitoso da Bíblia Sagrada, bem como debocha de líderes religiosos cristãos, especialmente pastores evangélicos, em razão de suas posições políticas e de apoio a determinados candidatos.

A Bíblia Sagrada não é um objeto cênico, nem instrumento de escárnio. Trata-se do livro mais sagrado para milhões de cristãos no Brasil e no mundo, fundamento espiritual, moral e histórico de uma fé que sustenta famílias, comunidades e projetos sociais relevantes para o país. Ridicularizar símbolos religiosos, utilizando-se de ironias, “encenações” e manifestações desrespeitosas, ultrapassa o limite da crítica jornalística e adentra o campo da intolerância religiosa.

A liberdade de imprensa, pilar fundamental da democracia, não é salvo-conduto para o desprezo, a zombaria ou a humilhação pública de crenças religiosas. O jornalismo sério se baseia em informação, análise crítica responsável e respeito à diversidade, jamais na desqualificação simbólica da fé alheia.

Do ponto de vista ético-profissional, tal atitude fere frontalmente os princípios do jornalismo, maculando a credibilidade da profissão e manchando o nome de todos os jornalistas que atuam com responsabilidade, equilíbrio e compromisso social. Quando um profissional da comunicação confunde crítica política com ataque à fé, enfraquece a imprensa e fortalece a polarização do ódio.

Sob o aspecto jurídico, é importante registrar que condutas dessa natureza podem, em tese, ser analisadas à luz de dispositivos legais que tratam de:

Intolerância e discriminação religiosa;

Vilipêndio de objeto de culto religioso;

Abuso do direito à liberdade de expressão, quando há extrapolação para o desrespeito coletivo e simbólico.

Não cabe à ANJD fazer juízo de culpa, mas alertar as autoridades competentes, inclusive instituições religiosas, conselhos profissionais e órgãos de fiscalização, para que reflitam sobre os limites éticos e legais que devem nortear o exercício da comunicação social.

O Brasil é um Estado laico, mas não é um Estado antirreligioso. A laicidade garante o respeito a todas as crenças — e não a permissão para ridicularizá-las. Pastores, padres, líderes religiosos e fiéis têm direito à sua fé, à sua voz e à sua participação no debate público, assim como qualquer outro cidadão.

A Associação Nacional de Jornalismo Digital reafirma seu compromisso com um jornalismo livre, responsável, plural e respeitoso, e reitera que não compactua com práticas que promovam escárnio religioso, intolerância ou uso irresponsável da comunicação para ataques simbólicos à fé cristã ou a qualquer outra crença.

O silêncio diante desse tipo de conduta seria conivência. Repudiar é um dever institucional, ético e moral.

Manaus – AM,
18/12/2025

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNALISMO DIGITAL – ANJD
Marcelo Generoso
Presidente da ANJD



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