MPAM instaura inquérito para apurar “QG do Crime” em Parintins e pede exoneração de policiais envolvidos; veja
Amazonas – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou um inquérito para investigar um suposto complô do alto escalão do Estado do Amazonas para favorecimento eleitoral do grupo político em Parintins. A denúncia, revelada por um vídeo gravado em agosto e divulgado no final de setembro, envolve secretários de Estado e oficiais da Polícia Militar, acusados de planejar ações ilegais para beneficiar a candidatura de Brena Dianná, do União Brasil, nas eleições municipais.
O Inquérito Civil nº 06.2024.00000636-2, instaurado pelo promotor Armando Gurgel Maia, investiga o chamado “QG do Crime”, um vídeo gravado em Parintins no dia 3 de agosto, que veio à tona em 28 de setembro. O vídeo mostra secretários de Estado e oficiais da Polícia Militar discutindo ações suspeitas para favorecer a candidatura de Brena Dianná, do União Brasil, nas eleições municipais.
O promotor Armando Gurgel Maia destacou que o inquérito visa apurar atos de improbidade administrativa e outros crimes envolvendo figuras importantes do governo. Entre as primeiras medidas, o promotor enviou o caso ao Procurador-Geral da República e ao Procurador-Geral de Justiça do Amazonas, já que a denúncia envolve secretários estaduais com foro privilegiado.
Dentre os envolvidos estão o presidente da Cosama, Armando Silva do Vale, e três secretários: Fabrício Rogério Cyrino Barbosa (Administração), Flávio Antony (Casa Civil) e Marcos Apolo Muniz de Araújo (Cultura), acusados de liderar um esquema para influenciar as eleições. As gravações sugerem que o esquema poderia ser replicado em Manaus para apoiar outro candidato, com envolvimento da Polícia Militar.
Além disso, o promotor recomendou a exoneração imediata de dois oficiais da Polícia Militar, o Capitão Guilherme Navarro e o Tenente-Coronel Jackson Ribeiro, que aparecem nas gravações, e solicitou investigações pela Diretoria de Justiça e Disciplina da PMAM.
O inquérito busca garantir a lisura do processo eleitoral e prevenir o uso da segurança pública em campanhas eleitorais, em um caso que já está gerando grande repercussão no estado.
Veja documento: