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Motta e Alcolumbre decidem não ir à cerimônia de isenção do Imposto de Renda

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Motta e Alcolumbre decidem não ir à cerimônia de isenção do Imposto de Renda

Brasil – Em mais um capítulo da crescente tensão entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiram não comparecer à cerimônia de sanção da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, marcada para a manhã desta quarta-feira (26), no Palácio do Planalto.

O evento, planejado pelo governo como um grande ato político, marcaria a sanção do projeto que isenta do IR contribuintes com renda mensal de até R$ 5 mil. A ausência dos chefes das duas Casas Legislativas foi lida imediatamente como um recado direto ao presidente Lula sobre o desgaste na relação institucional.

Embora estejam em Brasília, Motta e Alcolumbre optaram por cumprir outras agendas no mesmo horário da cerimônia, evitando a participação oficial no ato. Segundo aliados, o gesto simboliza o desconforto com o tratamento dado pelo governo ao Congresso e reforça o clima de distanciamento que se agravou nas últimas semanas.

Rupturas, conflitos e desentendimentos

A articulação política do Palácio do Planalto já esperava que o evento fosse uma demonstração de força, com ampla presença de parlamentares. No entanto, a ausência dos dois principais líderes do Legislativo desmontou a expectativa e reacendeu críticas sobre falhas no diálogo institucional.

A decisão também surpreende porque tanto Hugo quanto Alcolumbre foram fundamentais para que a proposta avançasse rapidamente no Congresso. O projeto teve aprovação unânime nas duas Casas, e parlamentares lembram que o Legislativo chegou a ampliar a faixa de isenção para R$ 7.350, de maneira escalonada — acima do que havia sido proposto inicialmente.

Nos bastidores, as tensões vêm se acumulando. Na Câmara, Hugo Motta rompeu na semana passada com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ), acusando o partido de promover uma campanha contra ele nas redes sociais, o que o PT nega. A relação de Hugo com a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também está abalada desde que a Câmara escolheu Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do PL Antifacção, aprovado recentemente.

Sinal de alerta para o governo

A ausência dos presidentes do Senado e da Câmara em um evento dessa magnitude é interpretada como um alerta político: o Congresso deseja reforçar sua autonomia e demonstrar insatisfação com a articulação federal.

Apesar das divergências, o Planalto segue apostando na sanção do IR como uma agenda positiva para a população e acredita que o desgaste poderá ser amenizado nas próximas semanas. Contudo, a mensagem enviada pelo Legislativo nesta quarta-feira deixa claro que a relação entre governo e Congresso está longe de ser pacificada — e que novos embates podem estar no horizonte.



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