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MBL tenta derrubar mais de 40 vídeos do youtuber Nando Moura; veja vídeo

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MBL tenta derrubar mais de 40 vídeos do youtuber Nando Moura; veja vídeo

Brasil – O que antes era uma das alianças mais sólidas da direita brasileira — unida pelo impeachment de Dilma Rousseff e pelo combate ao PT e o Bolsonarismo — transformou-se em uma guerra aberta e direta que ameaça os alicerces do Movimento Brasil Livre (MBL) e de seu novo partido, o Missão. O youtuber Nando Moura, em uma ofensiva sem precedentes, tem utilizado sua audiência de 3,5 milhões de inscritos para denunciar os crimes e as contradições que cercam o grupo liderado por Renan Santos, pré-candidato à presidência da república em 2026.

Sem conseguir rebater as acusações do youtuber, o conflito agora escala após o MBL acionar a 3ª Vara Cível de Cotia, alegando que Nando Moura abusou do direito de expressão. Em uma tentativa de conter o estrago causado pelas denúncias, o movimento obteve uma liminar que determinava a remoção imediata de mais de 40 vídeos e dezenas de postagens das redes sociais de Nando Moura. A medida foi vista como uma medida desproporcional pela maior parte do público e ainda estourou “a bolha” do youtube.

Em nota, o Movimento ainda publicou um trecho que diz: “o MBL não só comemora a importância do ato, como também reafirma seu compromisso com a defesa intransigente da liberdade de expressão”.

Entre as justificativas do MBL para o pedido de “limpeza” digital estavam:

Uso de linguagem excessivamente ofensiva;

Acusações de crimes sem provas;

Associação do movimento a doutrinas Nazistas e Fascistas;

A suposta prática de “gordofobia” contra integrantes do grupo.

Para Nando Moura, a manobra não passou de uma tentativa desesperada de censura para esconder as denúncias de corrupção que ele vem ventilando.

A Reviravolta: O “PERDEU” que Viralizou

A comemoração do MBL durou pouco. Aproveitando o plantão judiciário de fim de ano, a defesa de Nando Moura conseguiu suspender os efeitos da decisão. Um desembargador entendeu que a retirada abrupta de dezenas de vídeos causaria um prejuízo financeiro irreparável ao canal, sem que o mérito das acusações tivesse sido devidamente analisado.

Nando Moura reagiu de forma explosiva, publicando a nota oficial do MBL com um carimbo gigante escrito “PERDEU”. Em suas redes, o youtuber dobrou a aposta: “Vou moer vocês na justiça com a verdade”.

O Que o MBL Quer Esconder? As Denúncias de Moura

A tentativa de silenciar 40 vídeos de uma só vez é vista por analistas como um “controle de danos” diante de três frentes explosivas abertas por Moura:

O Caso Cristiano Beraldo: O ponto mais crítico da denúncia de Moura envolve o empresário e comentarista Cristiano Beraldo, figura central na articulação do MBL. Moura trouxe a público os detalhes da Operação Poço de Lobato, que investiga um rombo de R$ 26 bilhões em sonegação fiscal ligado ao Grupo Refit (antiga Refinaria de Manguinhos).

Segundo o youtuber, Beraldo atuaria como operador financeiro do esquema, utilizando offshores nos Estados Unidos para lavar dinheiro que, supostamente, abasteceria o projeto político do MBL e a criação do partido Missão. Em vídeos como “O ROUBO DE 26 BILHÕES”, Moura questiona a ética do movimento: “Como um grupo que nasceu pregando o combate à corrupção pode ser financiado por dinheiro vindo do maior esquema de sonegação do país?”

Flertes com o Extremismo: Curtis Yarvin e Vicky Vanilla

Moura também critica o MBL por convidar Curtis Yarvin, teórico do neorreacionarismo (conhecido como Mencius Moldbug), para palestrar em seu 1º Festival em novembro de 2025, no Parque da Mooca, São Paulo. Yarvin defende ideias antidemocráticas, como substituir a democracia por um “CEO soberano” – uma forma de monarquia absoluta com toques corporativos – e critica o igualitarismo, o que Moura interpreta como racismo implícito e autoritarismo.

Em lives, Moura chama o convite de “prova” de que o MBL abandonou seus ideais liberais e se aproxima de extremistas da direita americana, ligados a figuras como Peter Thiel e J.D. Vance. Ele acusa o grupo de promover ideologias “neonazistas disfarçadas” para ganhar influência global, contrariando sua imagem inicial de defensor da liberdade. O MBL rebate que o evento era uma discussão intelectual aberta e que Moura exagera para incitar ódio, sem evidências de adesão ideológica.

O Caso Vicky Vanilla: Outra denúncia destacada por Moura é a suposta proximidade do MBL com Vicky Vanilla (ou Vick Vanila), descrita por ele como ex-satanista que evoluiu para o nacional-socialismo (nazismo). Moura alega que Vanilla tem conexões diretas com membros do MBL, como Ben Pontes, via redes sociais e eventos, e postava conteúdos extremistas, incluindo símbolos nazistas e discursos antissemitas.

O Futuro do Partido Missão

Enquanto o MBL classifica a vitória de Moura como uma “manobra protelatória” e promete retomar a censura dos vídeos em 2026, o estrago na imagem do grupo parece profundo. Ao tentar usar o Judiciário para apagar críticas, o MBL acaba validando a narrativa de Moura de que o movimento se tornou aquilo que sempre jurou combater: um grupo autoritário que teme a livre circulação de informações.



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