Guerra na política: grupo de Roberto Cidade é derrotado na Justiça após usar “canhões” de Fake News contra Amom Mandel
Brasil – O cenário político amazonense subiu de temperatura com uma contundente decisão do Poder Judiciário do Estado. Em uma demonstração de que a “terra de ninguém” da internet encontra limites na lei, a Justiça determinou a retirada imediata de uma série de conteúdos difamatórios e desinformações, direcionadas como “canhões de fake news”, contra o deputado federal Amom Mandel.
A decisão liminar expõe as entranhas de uma estrutura de ataque que, segundo informações do gabinente do deputado Federal, possui ligações diretas com a cúpula da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM).
O Foco do Ataque: Desinformação Estratégica
A peça central da campanha de desinformação tentava induzir o eleitor ao erro ao afirmar que Amom Mandel seria candidato a deputado estadual, e não federal. No entanto, o “arsenal” utilizado pelo grupo foi muito além de confusões eleitorais.
O autor das publicações identificadas é o jornalista Igor Castro, filho de Paulo Castro, profissional que, segundo informações do gabinete do deputado Amom Mandel, atua como marqueteiro de Roberto Cidade, atual presidente da ALEAM. A relação de proximidade entre os produtores do conteúdo e o grupo político de Cidade fundamentou o entendimento de que os ataques não eram críticas isoladas, mas uma estratégia coordenada.
O juiz Luís Carlos Honório de Valois Coelho, atuando no Plantão Cível, foi incisivo ao analisar o processo (nº 0284180-13.2025.8.04.1000). Para o magistrado, os conteúdos apresentados pela defesa de Amom “extrapolam o limite da crítica política legítima, adentrando a esfera da desinformação e da ofensa moral”.
Os principais pontos derrubados pela Justiça incluem:
Mentiras sobre a BR-319: O grupo alegava falsamente que Amom votou contra a rodovia, ignorando registros oficiais e documentos produzidos pelo parlamentar em defesa da via.
Manipulação Semiótica: O uso de montagens e fotos descontextualizadas para ligar o deputado a pautas como a legalização de drogas e aborto, visando atingir sua imagem perante o eleitorado conservador.
Ataques de Baixo Calão: O uso de termos como “babaca”, “ingrato” e “mau caráter” foi classificado como uma tentativa deliberada de macular a honra objetiva do parlamentar.
Uso de Dinheiro para Difamar: A Justiça identificou o impulsionamento pago das postagens, o que prova que havia investimento financeiro para garantir que a desinformação chegasse ao maior número possível de pessoas.
Liberdade de Imprensa vs. Fábrica de Mentiras
Em nota, o deputado Amom Mandel reforçou que sua postura é de total respeito ao jornalismo sério, mas que a justiça precisava intervir contra o que chamou de “mentira travestida de notícia”.
“Defender a liberdade de imprensa é, também, defender seus limites legais. Democracia forte não convive com mentira,” declarou o parlamentar.
A decisão estabeleceu um prazo de 24 horas para a retirada dos conteúdos, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00. Empresas como o Facebook (Meta) e a GoDaddy também foram notificadas para cumprir a remoção dos links. O processo agora segue para o Juízo Titular, onde o mérito da questão será julgado em definitivo.
A derrota do grupo ligado a Roberto Cidade acende um alerta sobre o uso de estruturas profissionais de marketing para a disseminação de fake news no Amazonas, especialmente em períodos de pré-campanha e intensa movimentação política.
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