Governo Federal sanciona LDO para 2024, mas veta cronograma para emendas parlamentares
Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializa a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024, marcando um capítulo crucial nas perspectivas financeiras do Brasil. A nova legislação, embora estabeleça a ousada meta de déficit zero para as contas públicas, enfrenta polêmicas devido aos vetos presidenciais.
A Lei 14.791, divulgada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (2/1), estabelece a ambiciosa meta de déficit zero para o resultado primário das contas públicas. Contudo, o texto admite uma faixa de tolerância, variando de superávit primário de R$ 28,756 bilhões a déficit primário de R$ 28,756 bilhões. Uma aposta arriscada no equilíbrio fiscal do país.
O processo de sanção trouxe consigo uma série de vetos, incluindo dispositivos que regulamentavam o empenho de emendas individuais, o pagamento integral de transferências automáticas para a saúde e assistência social, e até mesmo a devolução de recursos ao governo federal em caso de atrasos nos pagamentos a prestadores de assistência ao SUS.
Desafios e Justificativas do Governo
Os vetos, segundo o governo, visam preservar a gestão orçamentária e financeira, respeitando a prerrogativa do Poder Executivo de administrar o fluxo de caixa. As justificativas apontam para possíveis conflitos com dispositivos constitucionais e o impacto na eficiência, eficácia e efetividade da administração pública.
Além das questões orçamentárias, o Brasil enfrenta desafios climáticos, como o fenômeno El Niño, que pode impactar a produção agrícola. As projeções para o setor externo, com exportações e importações, também estão em destaque, apontando para um cenário favorável com a aprovação de reformas estruturantes.