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Governo Federal recusa proposta dos EUA para classificar PCC e CV como grupos terroristas; veja vídeo

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Governo Federal recusa proposta dos EUA para classificar PCC e CV como grupos terroristas; veja vídeo

Mundo – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou uma proposta apresentada pelo governo de Donald Trump para classificar o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A sugestão foi feita durante uma reunião em Brasília, na terça-feira, 6 de maio de 2025, com uma delegação dos Estados Unidos liderada por David Gamble, coordenador interino de Sanções do Departamento de Estado norte-americano.

Os representantes dos EUA argumentaram que enquadrar as facções como grupos terroristas permitiria a aplicação de sanções mais severas, conforme previsto na legislação norte-americana. Eles destacaram que o PCC e o CV já operam em ao menos 12 estados dos EUA, incluindo Nova York, Flórida, Nova Jersey, Massachusetts, Connecticut e Tennessee, utilizando o território para lavagem de dinheiro com o apoio de brasileiros. Como reflexo dessa preocupação, a Embaixada dos EUA negou 113 vistos a indivíduos ligados a essas organizações.

Posição do Brasil

O Palácio do Planalto, no entanto, descartou a proposta. Segundo autoridades brasileiras, a legislação nacional define terrorismo como ações motivadas por ideologia, política ou religião, características que não se aplicam ao PCC e ao CV, cujas atividades são guiadas por interesses econômicos e práticas ilícitas, como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Na reunião, o governo brasileiro destacou as medidas já em curso contra o crime organizado, como o isolamento de lideranças em presídios federais, operações integradas com os Ministérios Públicos estaduais e a atuação dos Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Também foi mencionado o esforço diplomático para fortalecer a cooperação com países da América Latina no combate às facções.

Contexto da visita e polêmicas

A comitiva norte-americana, além de Gamble, incluiu John Jacobs, da Embaixada dos EUA, o adido judicial Michael Dreher, os assessores Ricardo Pita e John Johnson, a conselheira política Holly Kirking Loomis e o adido policial Shawn Sherlock. O encontro, segundo o Ministério das Relações Exteriores, foi solicitado pelo governo Trump.

Na véspera da reunião, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) recebeu Ricardo Pita em seu gabinete para discutir segurança pública e combate ao crime organizado, a pedido do próprio senador. Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais para sugerir que a visita da comitiva poderia estar ligada a possíveis sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Flávio, no entanto, negou qualquer relação com esse tema, afirmando que a pauta com Gamble se restringiu ao crime organizado e que não haverá desdobramentos envolvendo sua participação.



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