Governador de São Paulo Tarcísio de Freitas volta a atacar a Zona Franca de Manaus
Brasil – Às vésperas da votação final sobre a regulamentação da reforma tributária, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem articulado nos bastidores contra a Zona Franca de Manaus (ZFM). Segundo informações, Tarcísio tem promovido reuniões com empresários e parlamentares, espalhando a ideia de que a reforma pode comprometer o equilíbrio fiscal entre os estados, buscando enfraquecer o modelo econômico da ZFM.
Essa ação, vista por muitos como sorrateira, chama atenção pela postura do governador do estado mais rico do país, que concentra mais de 30% do PIB nacional, contra um estado que representa apenas 1,5% da riqueza do Brasil. A atitude de Tarcísio evidencia o uso do poderio econômico de São Paulo para minar um modelo que, além de ser vital para o Amazonas, desempenha um papel essencial na preservação ambiental e no desenvolvimento social da região.
Pequenez política
A movimentação do governador paulista expõe uma visão política limitada, centrada nos interesses de seu estado, desconsiderando a necessidade de equilíbrio e integração nacional. A Zona Franca de Manaus é um projeto consolidado que há décadas fomenta a economia local, promove empregos e contribui para a preservação da floresta amazônica.
Ao agir contra a ZFM, Tarcísio se afasta de uma postura de estadista e fortalece críticas que apontam sua gestão como voltada exclusivamente para os interesses regionais, em detrimento de um Brasil mais integrado e sustentável.
A reforma tributária e a Zona Franca
O texto da reforma tributária, que retorna à Câmara dos Deputados após aprovação no Senado, prevê mudanças significativas no modelo de tributação nacional. Entre os pontos debatidos, estão isenções para medicamentos e itens da cesta básica, além de mecanismos como o cashback para devolver tributos a famílias de baixa renda.
Embora a reforma tenha gerado amplo debate, a manutenção de regimes especiais, como o da Zona Franca de Manaus, segue sendo um ponto de tensão. A ZFM não é apenas um polo industrial; é também um projeto de preservação ambiental que ajuda a evitar o avanço do desmatamento na Amazônia.
A postura de Tarcísio de Freitas, ao ignorar essas particularidades e atuar contra o modelo, reforça a preocupação de que interesses regionais possam comprometer a aprovação de um texto mais justo e equilibrado para todos os estados brasileiros.
Com a votação se aproximando, resta saber como o Congresso irá equilibrar interesses divergentes e garantir que a reforma não seja apenas mais um capítulo de desigualdade entre as regiões do país.