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Fraude no INSS: oposição consegue assinaturas para abrir ‘CPI do Roubo dos Aposentados’

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Fraude no INSS: oposição consegue assinaturas para abrir ‘CPI do Roubo dos Aposentados’

Brasil – A oposição na Câmara dos Deputados alcançou, nesta terça-feira (29/4), as 171 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) batizada de “CPI do Roubo dos Aposentados”. A iniciativa, liderada pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), visa investigar um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teria desviado cerca de R$ 6,3 bilhões em benefícios de aposentados e pensionistas.

O anúncio foi feito durante uma audiência tensa com o ministro da Previdência, Carlos Lupi, na Câmara. Chrisóstomo criticou duramente a gestão do INSS e acusou Lupi de omissão diante das fraudes. “O ministro vem com discurso bonito, mas está apenas passando pano. Muitos aposentados foram roubados sem saber, por falsificação de documentos. Respeitosamente, ministro, peça para sair”, disparou o parlamentar.

A Polícia Federal (PF) conduz um inquérito que revelou um esquema sofisticado, no qual sindicatos e entidades se valiam de documentos falsificados para aplicar descontos associativos indevidos em benefícios. Entre as vítimas, estão idosos, cadeirantes e pessoas acamadas, que tiveram seus recursos descontados sem consentimento. A gravidade do caso levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a exonerar Alessandro Stefanutto, então chefe do INSS, em 2023.

Pressão por justiça

O deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição, também assina o pedido da CPI e defende que a comissão deve responsabilizar envolvidos nos âmbitos administrativo, bancário e governamental. No requerimento, Chrisóstomo destaca a necessidade de uma “investigação parlamentar aprofundada” para esclarecer a extensão das fraudes, identificar os culpados e avaliar o impacto sobre os beneficiários. “Proteger os direitos dos aposentados, que dependem desses recursos para sobreviver, é uma questão de justiça social”, afirmou.

O texto do pedido aponta ainda para a suspeita de conivência institucional e possíveis conexões políticas que teriam facilitado o esquema. A CPI pretende apurar o modus operandi das fraudes, incluindo a falsificação de documentos e a ausência de autorização dos beneficiários.

Apesar do número suficiente de assinaturas, a criação da CPI depende da autorização do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A pressão sobre o governo deve aumentar, especialmente após a PF expor a magnitude do desvio. Lupi, que já enfrenta questionamentos na Câmara, também terá de prestar esclarecimentos no Senado sobre o caso.

A “CPI do Roubo dos Aposentados” promete reacender o debate sobre a segurança dos sistemas do INSS e a proteção dos direitos dos beneficiários, em um momento em que a confiança na gestão previdenciária está abalada.



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