Estiagem no Amazonas está tirando o sono da Ministra Cármen Lúcia; veja vídeo
Brasil – A severa estiagem que assola o Amazonas este ano levou a uma intensa mobilização da Justiça Eleitoral para garantir que os eleitores possam exercer seu direito ao voto no dia 6 de outubro, data marcada para o primeiro turno das eleições de 2024. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, demonstrou grande preocupação com a situação, destacando que o cenário atual é crítico para a população local.
“A estiagem no Amazonas me deixa sem dormir. O eleitor não tem a estrada porque o rio está seco. Temos apoio das Forças Armadas e temos o desafio de garantir que o eleitor possa votar. Minha preocupação é com os eleitores”, afirmou a ministra, enfatizando a gravidade da situação.
Os rios da Amazônia, que desempenham um papel vital no transporte e na vida cotidiana das comunidades ribeirinhas, estão secando em ritmo alarmante, o que coloca em risco o acesso de milhares de eleitores às urnas. “Até o dia 6 de outubro isso pode piorar”, alertou Cármen Lúcia, apontando para o potencial agravamento da crise hídrica.
Diante desse cenário, o TSE está trabalhando em estreita colaboração com a Agência Nacional de Água (ANA), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e as Forças Armadas. O objetivo é mapear as áreas mais afetadas e desenvolver soluções para assegurar que os eleitores possam participar do pleito, mesmo nas regiões mais isoladas.
Segundo o Boletim Estiagem do governo do Amazonas, 21 cidades já estão em estado de emergência, afetando mais de 254 mil pessoas. O estado, que possui 62 municípios, concentra 2.749.346 eleitores aptos a votar, representando o 15º maior colégio eleitoral do país e o segundo maior da região Norte, atrás apenas do Pará.
A ministra Cármen Lúcia deixou claro que, apesar das adversidades, o compromisso da Justiça Eleitoral é garantir que todos os cidadãos tenham a oportunidade de exercer seu direito ao voto, independentemente das dificuldades impostas pela natureza. “O eleitor tem que poder sair da sua casa para votar”, concluiu a magistrada, reforçando o empenho da Justiça Eleitoral em superar os desafios impostos pela estiagem.
