Escândalo do Banco Master: Pauderney Avelino cobra explicações e alerta sobre o rombo de R$ 56 milhões da Amazonprev
Brasil – O deputado federal Pauderney Avelino (União-AM) protocolou na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados um requerimento para convocar autoridades do Banco Central, incluindo os presidentes Gabriel Galípolo e Roberto Campos Neto, além de dirigentes do Banco Regional de Brasília (BRB), para explicar os detalhes da fraude envolvendo o Banco Master. O parlamentar considera o caso o maior escândalo financeiro da história do país e quer respostas sobre o impacto das operações fraudulentas que causaram prejuízos bilionários.
De acordo com Pauderney, a fraude pode representar uma perda de até R$ 41 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que tem atualmente R$ 120 bilhões disponíveis para proteger os investidores. “Esse rombo comprometerá não só os investidores, mas também as previdências de estados e municípios, como a Amazonprev, que perdeu R$ 56 milhões nesse banco”, alertou o deputado.
Avelino também fez duras críticas à falta de ação das autoridades, que, segundo ele, foram alertadas sobre as operações irregulares do Banco Master, mas falharam em evitar o desastre. O deputado ressaltou que a questão não pode ficar sem punições, considerando os impactos devastadores para as finanças públicas e os cidadãos. “Precisamos entender até onde vai o rombo e quem são os responsáveis por essa destruição. Esse caso afetou diretamente a vida de milhares de pessoas e de estados inteiros, e não podemos permitir que os culpados fiquem impunes”, afirmou Pauderney.
O caso ganhou destaque após a liquidação extrajudicial do Banco Master, que resultou na prisão do CEO Daniel Vorcaro e de outros cinco envolvidos, durante a Operação Compliance Zero da Polícia Federal. As investigações revelaram que parte significativa dos ativos do banco estava em fundos ilíquidos, o que aumentou os riscos e levou ao colapso.
Com a limitação do FGC a R$ 250 mil por CPF, Pauderney destacou que os pequenos investidores e as instituições financeiras estão entre os maiores prejudicados, o que agrava a crise. O deputado finalizou apontando a necessidade urgente de uma investigação minuciosa e de responsabilização dos envolvidos para garantir que o sistema financeiro seja reestruturado e protegido.


