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Enquanto barqueiros passam fome, conheça a empresa “queridinha” que faturou R$ 4,4 milhões com Mara Alves e Natan Macena no Castanho

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Enquanto barqueiros passam fome, conheça a empresa “queridinha” que faturou R$ 4,4 milhões com Mara Alves e Natan Macena no Castanho

Amazonas – Enquanto crianças ribeirinhas de Careiro Castanho passam semanas sem escola por falta de transporte, a gestão da prefeita Mara Alves e do secretário de Finanças Natan Macena parece muito criativa na hora de mexer nos R$ 24 milhões do Fundeb — mas curiosamente, nem sempre para educação.

O dinheiro some, reaparece em contas misteriosas e deixa a população sem respostas.

Transporte escolar: o calote que ninguém vê

Barqueiros contratados para levar os alunos para a escola estão há meses sem receber. Sem combustível e sem pagamento, eles foram obrigados a suspender o transporte em várias comunidades.

O resultado? Centenas de crianças sem aula, atrasadas no aprendizado, enquanto os gestores municipais assistem ao problema de camarote.

A “queridinha” do Castanho

E onde foi parar o dinheiro? Uma parte significativa parece ter encontrado abrigo na C. DE O. SIQUEIRA FILHO LTDA / Distribuidora Siqueira Comércio e Consultoria LTDA, registrada no CNPJ 36.734.839/0001-09, com capital social de R$ 1 milhão, pertencente ao empresário Clóvis de Oliveira Siqueira Filho.

A empresa, apelidada de “queridinha do Castanho”, recebe vultosos valores do Fundeb sem que haja qualquer explicação clara sobre os serviços prestados à educação.

Oficialmente, a atividade principal é o comércio varejista de produtos não especificados, mas o documento mostra um portfólio curioso: impressão de material publicitário, encadernação e plastificação, representação comercial de medicamentos e cosméticos, comércio de cama, mesa e banho, bufê para eventos e até venda de doces e bombons.

Ou seja, o dinheiro da educação segue para uma empresa multiuso, enquanto os alunos continuam sem transporte e escolas deterioradas. A empresa está localizada na Rua Professor Otávio Pires, 406, sala 202, bairro Alvorada, Manaus.

Silêncio absoluto da Câmara Municipal

Enquanto a população paga o preço do descaso, a Câmara Municipal assiste de braços cruzados. Nenhum vereador se pronuncia, nenhum requerimento é feito, nenhuma fiscalização é feita.

Fiscalizar o uso do Fundeb parece uma atividade opcional para os parlamentares locais — e a população, claro, paga o preço.

Recursos movimentados com suspeita

Entre janeiro e setembro, mais de R$ 24 milhões do Fundeb foram movimentados de forma pouco transparente, incluindo R$ 2,8 milhões em setembro, transferidos para a conta geral da prefeitura.

Especialistas alertam: se esses recursos não forem aplicados corretamente em educação, podem configurar improbidade administrativa, desvio de recursos públicos e pedalada fiscal — ingredientes perfeitos para um escândalo em ano eleitoral.

Impactos diretos na população

O reflexo é visível e cruel: crianças sem transporte, escolas em estado precário, professores dando aulas ao ar livre e comunidades ribeirinhas totalmente prejudicadas. Ao mesmo tempo, empresas “queridinhas” recebem dinheiro sem explicação, e vereadores permanecem silenciosos, como se nada estivesse acontecendo.

Cobrança direta: prefeitos, vereadores e sociedade

  • Mara Alves e Natan Macena: onde está a transparência na aplicação dos recursos?
  • Câmara Municipal: até quando o silêncio será desculpa para a inércia?
  • Empresa C. DE O. SIQUEIRA FILHO LTDA: quais serviços justificam esses pagamentos com dinheiro da educação?

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) acompanham o caso, mas a sociedade precisa cobrar ação imediata: o Fundeb não é para favores ou para empresas “queridinhas”, é para educação de crianças que merecem escola de verdade.

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