Eduardo Braga defende equilíbrio entre os poderes e reforça papel do Senado na democracia brasileira
Brasil – A decisão recente de Gilmar Mendes, no Supremo Tribunal Federal (STF), de alterar as regras relacionadas ao processo de impeachment de seus ministros, colocou o Senado no centro das discussões institucionais — e levou o líder do MDB, Eduardo Braga, a assumir a linha de frente em defesa das prerrogativas do Parlamento. Para o senador, o momento exige firmeza e clareza na proteção das atribuições constitucionais de cada Poder.
Braga, que representa um partido historicamente ligado à redemocratização, avalia que mudanças dessa natureza não podem ocorrer de forma unilateral, sob risco de comprometer o equilíbrio institucional construído desde 1988. Ele enfatiza que a Constituição não deve ser reinterpretada décadas depois de maneira a reduzir o papel do Legislativo, especialmente em temas que dizem respeito diretamente ao funcionamento da própria República.
O senador lembra que o Senado sempre atuou como uma instância moderadora em períodos de tensão política, contribuindo para evitar rupturas e assegurar a independência entre os Poderes. Nesse sentido, Braga faz um apelo ao STF para que o princípio da harmonia institucional seja restabelecido com urgência, evitando que o país seja conduzido a um quadro desnecessário de instabilidade.
Ele também alerta que qualquer desequilíbrio entre as instituições afeta diretamente a confiança da sociedade no sistema democrático. Para Braga, preservar os limites e responsabilidades de cada Poder não é apenas uma questão jurídica, mas um compromisso essencial com a estabilidade nacional.
Ao afirmar que “a democracia é um cristal” e que não se pode permitir que ela “trinque”, Eduardo Braga reforça o papel histórico do Senado e reafirma seu compromisso — e o do MDB — com a proteção da ordem constitucional. Sua manifestação ecoa entre parlamentares e posiciona o Senado como guardião do equilíbrio democrático em um momento decisivo para o Brasil.


