Durango Duarte reaparece com mais um “kit” de pesquisas eleitorais apontadas como fake
Amazonas – A divulgação de uma pesquisa presencial realizada pelo Instituto de Pesquisas do Norte (IPEN), encomendada por um consórcio de portais e apontada por técnicos como criteriosa, teria sido suficiente para que o empresário Durango Duarte voltasse à cena com suas supostas pesquisas “fakes”, tradicionalmente questionadas por críticos por apresentarem resultados que, segundo eles, destoariam da realidade eleitoral.
Logo após o IPEN apresentar números coletados nas ruas, Durango apareceu nas redes sociais ao lado do senador Omar Aziz (PSD), junto da equipe que estaria elaborando o programa de governo do parlamentar, um gesto que, segundo observadores, poderia indicar alinhamento político e antecipar o movimento seguinte.
Dias depois, duas novas pesquisas foram divulgadas. A primeira, do instituto Census, ligado a um estatístico que atuaria com Durango, foi realizada por telefone, metodologia que, para analistas, reduziria a confiabilidade dos resultados. Como apontam comparações feitas por técnicos, os números destoam amplamente dos apresentados pelo IPEN, com uma coincidência notada: Omar Aziz teria sido preservado na disputa pelo Governo, enquanto o prefeito David Almeida, bem posicionado na pesquisa presencial, apareceu supostamente rebaixado.
Em seguida, Durango divulgou outro levantamento produzido pela própria Perspectiva, empresa que acumula desgaste no mercado, segundo especialistas. O cenário apresentado seria ainda mais negativo para David Almeida, reforçando a interpretação de que haveria uma tentativa de “terra arrasada”.
Nos bastidores, interlocutores avaliam que a estratégia seguiria uma lógica clara: fortalecer Omar Aziz e, para isso, enfraquecer peças consideradas centrais no processo eleitoral, entre elas David Almeida, Tadeu de Souza e Eduardo Braga.
Braga, inclusive, teria se tornado motivo de atenção após aparecer bem no levantamento do IPEN, reacendendo o receio, entre aliados de Omar, de que ele possa compor com David Almeida ou até se lançar ao Governo.
No fim das contas, o enredo se parece com um roteiro já conhecido da política local: pesquisas contestadas, números considerados duvidosos e movimentos que, segundo analistas, buscariam moldar o clima eleitoral. A pergunta que segue no ar é a mesma de sempre, quem ainda acredita?


