Descaso em Iranduba: novo Caps é erguido com materiais de prédios abandonados e com o conhecimento de Luana Ferraz; veja o vídeo
Amazonas – A população de Iranduba, cidade localizada na Região Metropolitana de Manaus, está indignada.
Um vídeo enviado com exclusividade ao Portal e TV CM7 Brasil, mostra um flagrante que escancara o descaso com a saúde mental no município: o novo prédio que está sendo preparado para abrigar o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) está utilizando telhas reaproveitadas de estruturas antigas e já desativadas, levantando sérias dúvidas sobre a qualidade e a segurança do novo espaço.
Segundo a denúncia feita por um morador, as telhas, em visível estado de desgaste, estão sendo retiradas de prédios públicos abandonados e reutilizadas na estrutura do novo CAPS.
De acordo com a denúncia, essa situação seria de pleno conhecimento da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), atualmente sob o comando da primeira-dama Luana Ferraz.
A denúncia gerou revolta e indignação entre os usuários do serviço e familiares, que se perguntam: como confiar na assistência de saúde mental quando o próprio espaço físico onde os tratamentos ocorrerão é construído com material sucateado?
Inaugurado em 2009, o CAPS Iranduba hoje atende mais de 540 usuários cadastrados, todos portadores de transtornos mentais que dependem de um acompanhamento regular e de qualidade com uma equipe multidisciplinar. São pacientes que realizam atividades como caminhada matinal, rodas de conversa, oficinas de artesanato e leitura, momentos fundamentais para a inclusão social, recuperação emocional e manutenção da qualidade de vida.
“É um espaço onde as pessoas buscam apoio, estabilidade emocional e dignidade. Como é possível tratar saúde mental com lixo reciclado?”, questionou um familiar de paciente atendido no CAPS, que preferiu não se identificar.
A prática de reutilização de telhas de prédios abandonados para erguer uma nova estrutura pública não apenas demonstra uma falta de zelo com os recursos públicos, como também expõe uma gestão negligente e insensível às necessidades da população vulnerável.
O vídeo recebido pelo CM7 Brasil coloca em xeque a transparência da gestão e o real comprometimento da administração municipal com os princípios básicos de dignidade humana e saúde pública.
A população também aponta para a falta de fiscalização por parte da própria Secretaria de Saúde, que deveria zelar não apenas pelas políticas públicas de atendimento, mas também pela segurança e qualidade dos espaços destinados à população em situação de fragilidade mental.
Luana Ferraz em silêncio
Até o momento da publicação desta matéria, nem a secretária de saúde e primeira-dama, Luana Ferraz, nem o prefeito Augusto Ferraz se manifestaram sobre a denúncia.
O silêncio da gestão só aumenta a revolta da população e acende o alerta para que os órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado, acompanhem de perto essa situação.
Enquanto isso, a comunidade cobra providências urgentes. A denúncia feita ao portal CM7 Brasil não será ignorada, e o jornalismo continuará cumprindo seu papel de vigilância, dando voz a quem muitas vezes é silenciado ou invisibilizado.
Veja vídeo
