Deputados Federais do AM gastaram mais de R$ 917 Milhões em 2024: R$ 672 milhões apenas com verba de gabinete
Amazonas – Em 2024, os deputados federais da bancada do Amazonas gastaram mais de R$ 917 milhões dos cofres públicos, com um destaque controverso para os R$ 672.125.970,22 utilizados exclusivamente com verba de gabinete. Essa verba, destinada ao pagamento de assessores e despesas relacionadas à atividade parlamentar, tem sido alvo de críticas por sua alta quantia e pela falta de transparência quanto à real aplicação dos recursos.
Os gastos do “Cotão””
Além da verba de gabinete, chama atenção a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), conhecida como “Cotão”. O total gasto pelos deputados federais da bancada do AM foi de R$ 3,2 milhões, com Átila Lins no topo da lista e Amom Mandel registrando o menor valor.
Veja lista:
- Átila Lins: R$ 578.421,70
- Silas Câmara: R$ 511.788,66
- Adail Filho: R$ 468.240,81
- Saullo Vianna: R$ 440.621,71
- Capitão Alberto Neto: R$ 416.569,37
- Sidney Leite: R$ 396.138,22
- Pauderney Avelino: R$ 355.826,22
- Fausto Júnior: R$ 43.985,06
- Amom Mandel: R$ 14.913,92
A disparidade nos gastos chama a atenção, especialmente considerando que enquanto alguns deputados gastam milhões, outros têm despesas muito mais modestas.
O valor destinado à verba de gabinete, que pode ser usado para a contratação de assessores e cobertura de outras despesas, representa uma parte significativa dos gastos totais. Cada deputado recebe R$ 125.478,70 por mês para essa finalidade, o que gerou um custo total de R$ 672 milhões ao longo de 2024. A crítica central é a falta de clareza sobre como exatamente esse dinheiro está sendo utilizado, especialmente considerando as variações no número de assessores e as funções desses profissionais.
Além da verba de gabinete, outros custos com o “cotão parlamentar” também chamaram atenção. O montante de R$ 235.740.562,22 foi gasto em 2024 para cobrir aluguel de veículos, consultorias, alimentação, combustíveis, entre outros. No entanto, a transparência na destinação desses recursos segue sendo um tema de debate no cenário político brasileiro.
