CPI do INSS aprova pedido de prisão preventiva de Nelson Wilians, advogado que já foi capa da Forbes
Brasil – A CPI do INSS aprovou nesta quinta-feira (25/9) o pedido de prisão preventiva do advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues, conhecido por já ter estampado a capa da revista Forbes como um dos profissionais mais influentes do país. Investigado por suposta participação em um esquema de descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas, Wilians passa a enfrentar uma das decisões mais duras da comissão até agora.
Além do pedido de prisão, que será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), os parlamentares também autorizaram a quebra dos sigilos bancário e fiscal do advogado e solicitaram relatórios detalhados do Coaf sobre movimentações financeiras entre 2019 e 2025. O STF já havia negado anteriormente a mesma solicitação em decisão monocrática, mas deputados e senadores entendem que as novas evidências justificam o encaminhamento do pedido.
O requerimento foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que alegou risco de obstrução das investigações, continuidade de possíveis delitos e ocultação de patrimônio. Na semana passada, Wilians compareceu à comissão, mas permaneceu em silêncio, amparado por habeas corpus concedido pelo Supremo.
Rede de suspeitos se amplia
No mesmo dia, a CPMI aprovou 25 outros requerimentos, incluindo a convocação de dirigentes e empresários supostamente ligados às fraudes. Entre eles estão o presidente da Conafer, Carlos Roberto Ferreira Lopes, o auxiliar administrativo José Laudenor —sócio do ex-ministro Ahmad Oliveira Andrade— e o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, ex-sócio de Nelson Wilians.
A lista de convocações também abrange pessoas próximas a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, apontado como um dos operadores centrais do esquema investigado pela Polícia Federal na operação Sem Desconto.
Resistência e rejeições
Dos 30 requerimentos discutidos, cinco foram rejeitados pela base governista. Entre eles, a convocação de Silas Bezerra de Alencar, empresário da Orleans Viagens e Turismo, envolvido no fornecimento de passagens aéreas para entidades acusadas de intermediar descontos ilegais em benefícios previdenciários.
A CPI segue ampliando o cerco sobre empresas e agentes políticos suspeitos de ligação com fraudes que, segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, desviaram milhões de reais de aposentados e pensionistas em todo o país.
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