Confusão: tentativa de conciliação entre Paulo Figueiredo e Jeffrey Chiquini termina em barraco ao vivo; veja vídeo
Brasil – Uma discussão pública tomou conta das redes sociais e bastidores da direita brasileira neste sábado (18/10), após o jornalista conservador Paulo Figueiredo e o advogado Jeffrey Chiquini, defensor do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, trocarem acusações em meio à polêmica envolvendo um documento falso inserido no sistema norte-americano sobre a entrada de Martins nos Estados Unidos em 2022.
CONFUSÃO! Paulo Figueiredo e Jeffrey Chiquini tentaram se entender ao vivo, mas a casa caiu. pic.twitter.com/dOZnNiIC50
— Vinicius Carrion (@viniciuscfp82) October 17, 2025
Tudo começou quando Chiquini compartilhou um trecho de uma live em que Figueiredo comentava o caso, sugerindo que o erro poderia ter sido causado por alguém ligado ao governo Bolsonaro. Na transmissão, o comunicador afirmou:
“E não vou fazer aqui o que vejo algumas pessoas fazendo. Eu vejo algumas pessoas dizendo que o caso do Filipe Martins será a bala de prata. Isso ignora o grau de abuso e absurdo que nós já sabemos que o caso Filipe Martins tem. Se amanhã descobrirem que foi um erro a inclusão [do nome de Martins], digamos alguém que trabalhasse no governo Bolsonaro e tenha erroneamente achado que o Filipe ia participar das viagens, com os dados equivocados, porque, convenhamos, a turma do governo Bolsonaro também faz muita merda”.
O advogado não gostou nada do tom e reagiu duramente nas redes. Em uma publicação, Jeffrey Chiquini acusou o jornalista de “levantar hipóteses absurdas” e de agir de forma semelhante àqueles que, segundo ele, “sustentaram a prisão ilegal” de seu cliente.
“É perfeitamente compreensível que aqueles que ajudaram a sustentar a prisão ilegal de Filipe Martins com documentos fraudulentos e reportagens mentirosas tentem levantar hipóteses impossíveis e desconversar depois da nota arrasadora que o CBP publicou na última sexta-feira. O que não dá para entender é por que supostos aliados agiriam da mesma forma e encampariam hipóteses que ninguém consideraria plausíveis, a não ser por completa ignorância ou má-fé”, escreveu Chiquini.
A resposta de Paulo Figueiredo veio em tom de desabafo. O jornalista, que tem atuado ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para pressionar o governo americano a impor sanções a autoridades brasileiras, classificou o advogado como “oportunista” e o acusou de tentar “lucrar politicamente” com o caso.
“Normalmente, eu responderia a este tipo de ataque expondo a verdade com prints, áudios e fatos. Mas, neste caso, cheguei à conclusão de que não poderia fazê-lo sem prejudicar o próprio Filipe, que não merece isso. Se os seus advogados são oportunistas e irresponsáveis e querem faturar politicamente, colocando em risco o próprio cliente, eu não sou”, afirmou Figueiredo.
O comunicador prosseguiu dizendo que, por ora, prefere “apanhar calado” para não causar mais danos ao ex-assessor de Bolsonaro, com quem mantém amizade.
“Peço apenas ao leitor inteligente que faça a reflexão proposta por Eduardo Bolsonaro: pergunte-se por que eu prejudicaria um amigo que tenho em alta conta e que é acusado no mesmo caso que eu. Tudo isso justamente em benefício do nosso algoz, a quem tenho dedicado quase a minha vida a responsabilizar”, disparou.
Encerrando a polêmica, Figueiredo afirmou que continuará seu trabalho em Washington, D.C., em defesa de aliados políticos e contra o que chama de perseguição judicial a figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Por ora, seguirei aqui o dia em Washington, D.C., no mesmo intuito de sempre. Vou trabalhar enquanto os mesmos de sempre, que nunca moveram uma palha para ajudar, seguem reclamando.”