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CEO da empresa que é dona da Havaianas integrou o ‘Conselhão’ do governo Lula; veja vídeo

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CEO da empresa que é dona da Havaianas integrou o ‘Conselhão’ do governo Lula; veja vídeo

Mundo – A polêmica em torno da campanha de fim de ano da Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres, ganhou um novo capítulo com a revelação de que o CEO da Alpargatas – controladora da marca – participou do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o chamado “Conselhão”, recriado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Liel Marcio Cintra Miranda integrou o colegiado entre maio de 2023 e junho de 2024, nomeado enquanto presidia a Mondelez Brasil. Sua dispensa ocorreu após mudança de cargo, conforme decreto publicado no Diário Oficial da União. O Conselhão é um órgão consultivo que reúne empresários e representantes da sociedade para discutir políticas econômicas e sustentáveis.

A controvérsia explodiu neste final de semana após o lançamento do comercial, em que Fernanda Torres diz: “Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito”. A frase, seguida de um apelo motivacional para entrar no ano “com os dois pés” – na porta, na estrada ou na jaca –, foi interpretada por bolsonaristas como uma indireta política contra a direita, especialmente em ano pré-eleitoral.

A reação foi imediata: parlamentares como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que gravou vídeo jogando um par de Havaianas no lixo, Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Rodrigo Valadares (União-SE) lideraram críticas e chamadas de boicote. Hashtags como #HavaianasNoLixo e #HavaianasNuncaMais viralizaram, com usuários sugerindo marcas concorrentes como Rider, Ipanema e Melissa.

A escolha de Fernanda Torres – premiada internacionalmente em 2025 pelo filme Ainda Estou Aqui, que retrata desaparecimentos na ditadura militar, e conhecida por posições progressistas – intensificou as acusações de viés ideológico. A marca restringiu comentários no Instagram e, em alguns casos, removeu o vídeo, sem emitir nota oficial até o momento.

Do outro lado, defensores da campanha ironizaram as críticas, chamando-as de exagero e destacando o tom leve e motivacional da peça, que joga com expressões populares sobre pés. Para eles, a polêmica reflete a polarização brasileira, onde trocadilhos inocentes viram batalhas culturais.

A ligação do CEO com o governo Lula alimentou narrativas de alinhamento político da empresa com o PT, embora concorrentes como a Grendene (dona de Rider e Ipanema) tenham histórico de doações a campanhas de Jair Bolsonaro.

O caso ilustra como marcas nacionais, como a Havaianas – símbolo global do Brasil –, acabam no centro de guerras ideológicas, testando os limites da publicidade em um país dividido. Resta saber se o boicote impactará as vendas ou se a exposição gratuita impulsionará a marca em 2026.



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