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Brasil sem embaixador em Israel há 1 ano: Lula isola país e diálogo entre nações desmorona

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Brasil sem embaixador em Israel há 1 ano: Lula isola país e diálogo entre nações desmorona

Brasil – O Brasil completa, na próxima quarta-feira (28/05/2025), um ano sem embaixador em Israel, um reflexo da deterioração das relações bilaterais agravada pelas críticas contundentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à ofensiva militar israelense na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Desde que Lula retirou o então embaixador Frederico Meyer de Tel Aviv, em 28 de maio de 2024, após um incidente diplomático com o governo israelense, o Brasil não nomeou um substituto, deixando o posto sob comando do encarregado de negócios Fábio Moreira Farias. A ausência de um chefe de missão sinaliza um distanciamento crescente e a falta de perspectiva para reaproximação.

A crise começou em fevereiro de 2024, quando Lula comparou a atuação de Israel em Gaza ao extermínio de judeus pelo regime nazista, afirmando: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus.” A declaração, feita na Etiópia, provocou uma reação imediata do então ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, que classificou a fala como um “grave ataque antissemita” e declarou Lula “persona non grata”. Katz levou Meyer ao museu do Holocausto, exibindo documentos relacionados aos avós do embaixador, vítimas do nazismo, em um gesto que o Planalto e o Itamaraty consideraram humilhante. Dias depois, Lula chamou Meyer de volta para consultas, encerrando sua missão.

Um ano após o episódio, o diálogo entre os dois países permanece congelado. Lula continua a criticar as táticas de Israel na Palestina, enquanto o Ministério das Relações Exteriores não dá sinais de indicar um novo embaixador para Tel Aviv. Do lado israelense, a situação também é incerta: o atual embaixador no Brasil, Daniel Zonshine, deixará o cargo em julho, e o sucessor indicado aguarda o agrément do Itamaraty, que segue sem resposta. A Embaixada de Israel afirma manter o interesse em ter um representante em Brasília, mas a demora brasileira sugere entraves políticos.

Enquanto o governo Lula avança com nomeações para embaixadas em países como Alemanha, Arábia Saudita e Rússia, aprovadas pelo Senado em 21 de maio, a vacância em Israel reflete uma escolha deliberada de manter a distância. O vácuo diplomático não apenas enfraquece a posição do Brasil no cenário internacional, mas também expõe a fragilidade de uma política externa que parece priorizar embates ideológicos em detrimento do diálogo. Até o fechamento desta matéria, o Palácio do Planalto e o Itamaraty não se manifestaram sobre o tema. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.


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