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Bolsonaro terá quarto de hospital vigiado pela PF durante cirurgia no Natal

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Bolsonaro terá quarto de hospital vigiado pela PF durante cirurgia no Natal

Brasil – Em uma decisão emitida nesta terça-feira (23/12), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Polícia Federal (PF) mantenha uma vigilância constante e ininterrupta sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua internação hospitalar. A medida visa garantir a segurança do político, que será submetido a uma cirurgia para correção de duas hérnias inguinais no Hospital DF Star, em Brasília. Pelo menos dois agentes federais deverão permanecer posicionados na porta do quarto do paciente 24 horas por dia.

De acordo com o despacho judicial, a PF é responsável por coordenar toda a operação de segurança, incluindo equipes de prontidão tanto dentro quanto fora das instalações hospitalares, pelo período que julgar necessário. Além disso, o ministro impôs restrições estritas ao ambiente do quarto: está proibida a entrada de qualquer dispositivo eletrônico, como computadores ou celulares, exceto aqueles de uso médico essencial. Cabe à PF fiscalizar e assegurar o cumprimento dessa regra, evitando qualquer risco de comunicação indevida.

Bolsonaro, que atualmente cumpre uma pena de 27 anos e três meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista, está detido preventivamente desde 22 de novembro na Superintendência da PF em Brasília. A cirurgia, marcada para o dia 25 de dezembro – coincidentemente no Natal –, será precedida por uma internação nesta quarta-feira (24/12). O procedimento foi autorizado após uma análise detalhada de laudos médicos, incluindo perícias realizadas por especialistas da própria PF, e com o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os exames iniciais, realizados em 14 de dezembro por meio de ultrassonografia, confirmaram a presença de hérnias inguinais bilaterais. Embora o quadro não seja emergencial, os peritos recomendaram a intervenção cirúrgica como tratamento definitivo, alertando para o risco de complicações se adiado. O laudo do Instituto Nacional de Criminalística da PF sugere que o agravamento pode estar ligado a fatores como aumento da pressão abdominal, soluços persistentes e tosse crônica relatados pelo ex-presidente. Exames anteriores, datados de agosto, não indicavam a existência das hérnias, que só foram detectadas clinicamente em novembro e confirmadas por imagem no mês seguinte.

Na mesma decisão que liberou a cirurgia, Moraes rejeitou o pedido da defesa de Bolsonaro para converter a pena em prisão domiciliar. O ministro argumentou que essa modalidade é reservada apenas para condenados em regime aberto, o que não se aplica ao caso. Assim, logo após receber alta médica, o ex-presidente deverá retornar imediatamente ao sistema prisional.

Essa internação hospitalar ocorre em meio a um contexto de alta tensão política, com Bolsonaro enfrentando múltiplos processos judiciais relacionados ao seu mandato e às acusações de tentativa de golpe de Estado. A medida de vigilância reforçada reflete as preocupações com a segurança e o cumprimento da lei, garantindo que o procedimento médico não interfira no andamento da pena imposta.



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