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Bolsonaro chama julgamento de ‘teatro processual’ e diz que objetivo é tirá-lo das eleições de 2026

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Bolsonaro chama julgamento de ‘teatro processual’ e diz que objetivo é tirá-lo das eleições de 2026

Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não mediu palavras ao reagir à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que, nesta quarta-feira (26/3), o tornou réu junto a sete aliados por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Em uma publicação contundente nas redes sociais, Bolsonaro classificou o julgamento como um “teatro processual” e acusou o Judiciário de orquestrar um plano para eliminá-lo das eleições de 2026. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), aceita por unanimidade pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux, aponta o ex-presidente como peça central de uma trama que buscava subverter a ordem democrática, com penas que podem chegar a 43 anos de prisão.

Bolsonaro, que acompanhou o julgamento no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao lado de aliados como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), não escondeu sua indignação. “Estamos diante de um julgamento com data, alvo e resultado definidos de antemão. Algo que seria um teatro processual disfarçado de Justiça — não um processo penal, mas um projeto de poder que tem por objetivo interferir na dinâmica política e eleitoral do país”, declarou. Ele foi além, sugerindo que a celeridade do processo, que segundo ele deve se encerrar até o fim de 2025, seria uma manobra para impedi-lo de concorrer novamente. “Todos sabem que, com meu nome na disputa, minha vitória e a conquista da maioria no Senado são resultados inescapáveis. Simples assim.”

A denúncia da PGR acusa Bolsonaro e seus aliados — entre eles Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Braga Netto, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Mauro Cid — de integrarem o “núcleo crucial” de uma organização criminosa que teria promovido desinformação, pressionado as Forças Armadas e incentivado a invasão de prédios públicos, como os atos de 8 de janeiro de 2023. Apesar da gravidade das acusações, o STF não decretou prisão preventiva, deixando os réus em liberdade enquanto o processo avança para a fase de apresentação de provas e depoimentos. Medidas cautelares, no entanto, podem ser impostas a qualquer momento.

Para Bolsonaro, o julgamento é mais do que uma questão jurídica: é uma vingança pessoal liderada por um “relator completamente comprometido e suspeito”, em referência a Alexandre de Moraes. “O objetivo é se vingar, me prendendo e me retirando das urnas”, afirmou, prometendo não se calar diante do que chama de “atentado jurídico à democracia”. Ele também mencionou, sem citar nomes, que juristas e diplomatas internacionais estariam acompanhando o caso, sugerindo uma tentativa de buscar apoio externo para sua causa. Após o julgamento, o ex-presidente anunciou que concederá uma entrevista para detalhar sua posição, mantendo sua estratégia de mobilizar sua base de apoiadores.


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