Atores se vestindo de animais e rastejando na COP30 viram piada mundial; veja vídeo
Brasil – A COP30, realizada em Belém (PA), foi palco de uma cena que rapidamente virou piada mundial. Um grupo de atores fantasiados de animais desfilou pela green zone — área aberta ao público, ONGs e instituições —, rastejando pelo chão em uma performance que pretendia celebrar a biodiversidade brasileira. O resultado, no entanto, foi o oposto do esperado: constrangimento entre os visitantes e uma enxurrada de memes nas redes sociais.
A proposta era exaltar a fauna amazônica, mas parte das fantasias acabou confundindo o público. Entre os personagens, havia uma girafa e um camelo — espécies que, obviamente, não têm nenhuma relação com a Amazônia. A presença desses animais exóticos virou motivo de chacota e lembrança imediata de um antigo meme da internet, no qual uma jovem ativista pedia “Salvem a Amazônia” segurando um cartaz com o desenho de uma girafa.
“Nem no zoológico da COP30 acharam a Amazônia certa. Girafa, camelo e Curupira juntos — parece um desfile do apocalipse ecológico”, ironizou um internauta no X (antigo Twitter).
O desfile, que durou poucos minutos, foi acompanhado por representantes de ONGs, ambientalistas e curiosos que tentavam entender o propósito da encenação. Segundo os organizadores, a performance fazia parte de uma programação cultural para valorizar a arte amazônica e promover a conscientização sobre a preservação ambiental.
Apesar da boa intenção, a repercussão foi majoritariamente negativa. Vídeos do momento circularam internacionalmente, sendo compartilhados por perfis de sátira ambiental e páginas estrangeiras que cobrem a COP30. Em grupos de imprensa, jornalistas estrangeiros chegaram a descrever a cena como “surreal” e “fora de contexto”.
O episódio ocorreu no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu oficialmente a conferência, com um discurso voltado à urgência das ações contra as mudanças climáticas. A fala, no entanto, acabou ofuscada pela performance que virou símbolo do descompasso entre o discurso ambiental e a execução estética do evento.
No fim, o que deveria ser um tributo à natureza brasileira terminou como um espetáculo involuntariamente cômico — e uma lembrança de que, às vezes, o caminho entre arte e constrangimento é mais curto do que se imagina.
