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“Até a esquerda está pulando do barco”: Diretor da Quaest detona o Governo Lula na Globo News; veja vídeo

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“Até a esquerda está pulando do barco”: Diretor da Quaest detona o Governo Lula na Globo News; veja vídeo

Brasil – Em uma análise avassaladora na Globo News na noite de sexta-feira (28), o diretor da Quaest, Felipe Nunes, não mediu palavras ao apontar o que considera uma crise estrutural do Governo Lula (PT). Com base em uma pesquisa recente da Quaest, Nunes expôs o derretimento da aprovação do presidente em oito estados decisivos e criticou o que chamou de “diagnóstico equivocado” do Planalto sobre a vitória de 2022. O tom contundente da entrevista, que viralizou em vídeo nas redes sociais, reflete um cenário de insatisfação generalizada – até mesmo entre antigos aliados da esquerda estão “pulando do barco”.

A pesquisa Quaest, divulgada na quarta-feira (26), revelou que o percentual de aprovação de Lula está abaixo dos votos válidos que ele conquistou no segundo turno de 2022 nos oito estados analisados – regiões que, para Nunes, serão novamente o palco da disputa presidencial em 2026. Em Pernambuco, onde Lula teve 66,93% dos votos, sua aprovação caiu para 49%, ante 73% em julho de 2024. Na Bahia, outro reduto petista, a desaprovação superou a aprovação pela primeira vez desde meados do ano passado, marcando uma ruptura em áreas historicamente alinhadas ao PT.

Uma exaustão generalizada

Durante o programa, apresentado por Mônica Waldvogel, Nunes foi além dos números e traçou um diagnóstico sombrio do humor do eleitorado. “Tem um componente muito importante que as pesquisas estão detectando: a falta de gratidão automática do eleitor com os programas do governo, o imediatismo na busca por resultados, mas, sobretudo, uma exaustão com a política”, afirmou. Segundo ele, o cansaço vem de todos os lados: “O cansaço de ter recebido a promessa da picanha e não estar conseguindo comer ovo, tomar café; a exaustão com as promessas de solução de segurança, que é hoje um dos principais problemas do país com a violência; e a preocupação com a saúde que volta a aparecer.”

Para o diretor da Quaest, o governo Lula acumulou erros estratégicos ao longo de dois anos, alienando diferentes grupos da sociedade. Ele listou uma série de episódios que, na sua visão, marcaram pontos de virada: o atrito com o bispo Edir Macedo e os evangélicos em 2022; a polêmica das “blusinhas” que irritou a classe média; a briga com Roberto Campos Neto, que afastou liberais; a regulamentação dos motoristas de aplicativo, que desagradou empreendedores individuais; e declarações controversas de Lula, como a que associou violência doméstica a torcedores do Corinthians, irritando progressistas. “Faz dois anos que o governo cria insatisfações em diferentes grupos. Não é um evento isolado, é estrutural”, sentenciou Nunes.

Um diagnóstico equivocado

O cerne da crítica de Nunes está na leitura que o governo fez de sua própria eleição. “Se o governo Lula tiver compreendido que 2022 foi uma disputa de rejeições, ele estaria apontando sua estratégia em uma direção. Mas se acha que ganhou por seus atributos e ações, a questão é diferente”, disse. Para ele, o PT errou ao apostar que a vitória veio por méritos de Lula, e não como reflexo da rejeição a Bolsonaro. “Me parece que esse diagnóstico equivocado é o que fez o governo chegar nessa situação”, completou.

A análise ganhou peso com os dados da Quaest, que mostram o PT perdendo terreno até no Nordeste, um bastião tradicional. “Você tem exaustão de todo tipo, e a política parece não conseguir dar respostas”, reforçou Nunes, sugerindo que o desgaste vai além de questões conjunturais e reflete uma crise de confiança mais profunda.


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