“As mulheres da minha vida”: Toco Santana emprega esposa e irmã no alto escalão da prefeitura de Borba; veja vídeo
Amazonas – O prefeito de Borba, Raimundo Santana de Freitas, conhecido como Toco Santana (Republicanos), está no centro de uma denúncia de nepotismo após nomear a própria esposa e a irmã para cargos estratégicos dentro da gestão municipal. A revelação gerou forte repercussão entre os moradores da cidade e levanta questionamentos sobre o uso da máquina pública para beneficiar familiares.
De acordo com decretos oficiais publicados no Diário Oficial do Município em 1º de janeiro de 2025, Toco Santana nomeou sua esposa, Keila dos Santos Carbajal, para o cargo de secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. Na mesma data, nomeou a irmã, Maria Arlete Santana de Freitas, como secretária municipal de Políticas Públicas para Mulheres.
As nomeações estão sendo criticadas por configurarem nepotismo, prática vedada por princípios da administração pública e já condenada por tribunais em casos semelhantes. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), nomeações de cônjuges, companheiros e parentes próximos para cargos comissionados, ainda que de natureza política, devem respeitar os princípios constitucionais da moralidade e impessoalidade.
Nas redes sociais, Keila se apresenta como “Primeira Dama do município de Borba-AM”, além de empresária e mãe. A nomeação da esposa para uma das pastas mais sensíveis da administração gerou críticas sobre possível conflito de interesses, especialmente em políticas públicas voltadas para a população mais vulnerável.
A situação da irmã do prefeito também gerou indignação. Arlete Santana, nomeada como secretária de Políticas para Mulheres, é parente de primeiro grau do gestor e assumiu o cargo sem qualquer processo seletivo ou justificativa técnica pública sobre sua qualificação.
Nas ruas da cidade e nos bastidores da política local, cresce a insatisfação com o que muitos moradores classificam como “panelinha de família”. “Borba precisa de gestão, não de panelinha. A prefeitura virou extensão da casa do prefeito”, disse um servidor municipal sob condição de anonimato.
Contato
Apesar da repercussão, até o momento nenhuma medida judicial foi anunciada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM), mas a pressão popular por investigação já começa a tomar forma. O portal CM7 Brasil tentou entrar em contato com a prefeitura de Borba e os envolvidos, mas até o momento desta publicação não obteve retorno. O espaço permanece aberto.






