Após ignorar as manifestações “Reaja Brasil”, Wilson Lima se manifesta contra prisão de Bolsonaro
Brasil – O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), reacendeu o debate político ao se posicionar publicamente contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 4 de agosto.
A decisão do STF, que também incluiu a apreensão do celular de Bolsonaro e a proibição de suas atividades nas redes sociais, marcou o que muitos consideram o momento mais crítico para o bolsonarismo até agora.Em suas redes sociais, Lima criticou a medida judicial, afirmando que “em uma democracia, a liberdade de expressão é um direito sagrado que deve ser garantido a todos os cidadãos”. O governador questionou diretamente a prisão, destacando que “@jairmessiasbolsonaro não tem sentença condenatória e não deveria ser punido antecipadamente pelo simples ato de se manifestar politicamente”.
A declaração reforça a estratégia de Lima de associar sua imagem ao ex-presidente, especialmente em Manaus, uma das principais fortalezas de Bolsonaro na região Norte.A postura de Lima, no entanto, contrasta com sua ausência no ato “Reaja Brasil”, realizado no domingo, 4 de agosto, na Praia da Ponta Negra, em Manaus. A manifestação, organizada pelo PL, mobilizou apoiadores do ex-presidente em diversas capitais do país, com faixas pedindo o impeachment de Moraes e o retorno de Bolsonaro ao poder. Apesar de ter participado de um ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, em abril, Lima optou por não comparecer ao evento na capital amazonense.
A ausência do Governador foi notada por aliados e opositores, sendo interpretada como uma tentativa de manter uma neutralidade seletiva em meio ao cenário de polarização política. Enquanto Lima já demonstrou apoio público a Bolsonaro em momentos estratégicos, sua ausência no “Reaja Brasil” sugere uma postura mais cautelosa, possivelmente para evitar desgastes políticos em um momento de alta tensão com o STF e o governo federal.



