Amigo de Omar, Durango Duarte admite enfraquecimento de Aziz ao Governo: “2026 não vai ser mais no 1º turno”; veja vídeo
Amazonas – O marqueteiro e empresário Durango Duarte, um dos nomes mais próximos do senador Omar Aziz (PSD), voltou ao centro de uma nova polêmica política. Conhecido por defender com unhas e dentes o projeto de Aziz para 2026 e por participar diretamente da construção de seu plano de governo, Durango mudou de discurso de forma brusca e expôs, sem perceber, o enfraquecimento da candidatura do aliado.
Meses atrás, Durango garantia com absoluta convicção que Omar Aziz venceria as eleições para governador ainda no primeiro turno. Repetia em entrevistas, conversas internas e até mesmo em reuniões estratégicas que Aziz teria mais de 70% dos votos no interior e precisaria de apenas 35% em Manaus para “liquidar o processo eleitoral”. Agora, porém, o discurso mudou completamente. Durante a entrevista na última quinta-feira (4), ele afirmou: “Na minha opinião, tem segundo turno com a decisão do grupo do David Almeida lançar candidato. O Omar vai para o segundo. Ele vai agora ver quem é o adversário dele, se é a Maria do Carmo ou o David Almeida”.
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A contradição não passou despercebida. O tom triunfalista que Durango carregava até pouco tempo se dissolveu diante do avanço de novos atores políticos, especialmente a professora Maria do Carmo, que cresceu de forma expressiva e hoje é tratada como um dos nomes mais perigosos pelos adversários. Sua entrada sólida no cenário eleitoral abalou cálculos e certezas que, até pouco tempo, eram tratadas como imbatíveis pelo grupo de Omar.
Outro fato ignorado seletivamente por Durango é o peso das máquinas do Governo do Amazonas e da Prefeitura de Manaus. Caso ambas atuem em sintonia — seja com David Almeida ou Tadeu de Souza — a probabilidade de um dos dois chegar ao segundo turno é altíssima. Historicamente, o Amazonas registra eleições em que governo e prefeitura exercem influência determinante, e especialistas consideram um erro grave tratar a disputa estadual como uma mera extensão da eleição municipal, como Durango tenta fazer ao comparar cenários distintos.
A narrativa construída pelo marqueteiro, mesmo que tente favorecer seu aliado, já não encontra sustentação nem nos números disponíveis, nem no clima político, nem nas ruas. A rejeição de Omar no interior e na capital tem sido tema constante entre analistas, e o recuo público de Durango — do “ganha no primeiro turno” para “vai estar no segundo turno” — apenas reforça a impressão de que a campanha atravessa um momento de incerteza. Para muitos observadores, inclusive, existe a possibilidade real de Aziz sequer chegar ao segundo turno.


