Amazonas fora da Copa: Rozenha tenta terceirizar culpa de sua incompetência como vice da CBF; veja vídeo
Amazonas – Manaus, a capital da Amazônia, sofreu mais um duro golpe ao ser excluída das sedes da Copa do Mundo Feminina de 2027, um evento histórico que marcará a primeira edição do torneio na América do Sul. Enquanto cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife celebram a escolha, o Amazonas sofre o desgosto de ver sua Arena da Amazônia, que brilhou como palco da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, relegada ao esquecimento e excluída de mais um evento global. E no centro dessa vergonha está o deputado estadual e vice-presidente da CBF, Ednailson Rozenha, cuja passividade e postura hesitante revelam sua total incapacidade de lutar pelo Amazonas, condenando o estado a perder uma chance histórica.
Por mais de um ano, Rozenha alardeou aos quatro ventos que Manaus seria sede do Mundial, tratando a escolha como fato consumado. Em eventos como o lançamento do Campeonato Amazonense Feminino, ele prometeu que a cidade estava garantida, atribuindo a si próprio o mérito de negociações com a CBF e a FIFA. No entanto, quando a FIFA anunciou as oito cidades-sede em maio de 2025, Manaus foi ignorada, assim como toda a região Norte. A ausência escancara não apenas a falta de influência de Rozenha na CBF, onde ocupa um cargo de vice-presidência, mas também sua negligência em acompanhar de perto o processo de candidatura.
Na tentativa de desviar o foco de sua própria responsabilidade, Rozenha subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, para culpar o secretário de Esportes, Jorge Oliveira, pela exclusão. Com discurso inflamado, ele acusou a Secretaria de Estado do Desporto e Lazer (Sedel) de enviar “funcionários sem qualificação” para tratar com a FIFA e de responder tardiamente às exigências da entidade. “A impressão que ficou é que o Amazonas não queria a Copa”, disparou, em uma clara tentativa de transferir a culpa. No entanto, suas críticas soam como oportunismo, já que, como vice-presidente da CBF e principal articulador da candidatura, Rozenha tinha o dever de garantir que o processo fosse conduzido com seriedade.
Veja o vídeo:
Afinal, onde estava Rozenha enquanto Manaus perdia pontos no processo de seleção? Por que, com seu suposto peso político na CBF, não interveio para corrigir as falhas que agora aponta? A verdade é que o deputado se limitou a promessas vazias, usando a expectativa da Copa para autopromoção, sem assegurar o comprometimento necessário para transformar o discurso em realidade. Sua omissão é ainda mais grave diante do histórico de Manaus, que já provou sua capacidade de sediar eventos internacionais, e da importância de incluir a Amazônia em um torneio que promete ser um marco para o futebol feminino.
A exclusão de Manaus não é um caso isolado. Recentemente, a cidade também perdeu a oportunidade de sediar a COP-30, que foi para Belém, evidenciando uma preocupante falta de articulação política do Amazonas em esferas nacionais e internacionais. Enquanto isso, o único evento confirmado para a capital é o CPAC, um encontro de cunho conservador que não reflete a diversidade nem o potencial da região. Rozenha, que deveria ser uma ponte entre o Amazonas e as grandes decisões do esporte, parece mais interessado em discursos inflamados na Aleam do que em resultados concretos.
O Amazonas merece representantes que lutem de fato por seu espaço no cenário nacional, e não que usem sua posição para promessas ilusórias e ataques oportunistas. A Copa do Mundo Feminina de 2027 seria uma oportunidade de ouro para promover o futebol feminino, atrair investimentos e destacar a Amazônia no mundo, mas infelizmente não foi dessa vez.
Rozenha, que hoje grita ao microfone, esquece que esteve em silêncio quando podia agir. O preço dessa omissão será pago pelo povo. Se o Amazonas ficou fora, não foi por acaso — foi por falta de vontade política