Advogado Abdalla Sahdo morre aos 64 anos, vítima da Covid-19 em Manaus
Manaus (AM) – Na última sexta-feira (29), morreu aos 64 anos o advogado Abdalla Sahdo, vítima de complicações da Covid-19. Ele nasceu no Rio de Janeiro, mas morava em Manaus, e era conhecido por se envolver em polêmicas.
Em 2007, por exemplo, ele foi condenado a 5 anos e 8 meses, em regime semi-aberto, por ter ofendido a honra de membros do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). Ao participar de um programa de TV, Sahdo atribuiu aos magistrados atos de corrupção no exercício da magistratura.
Anos antes, em dezembro de 1999, Abdalla Sahdo foi vítima de um atentado, de madrugada, quando um homem numa moto parou em frente sua casa, no Centro de Manaus, e disparou seis tiros contra o veículo do advogado. Até uma escolta permanente para o ele foi solicitada.
Na ocasião, Sahdo lembrou que essa não era a primeira vez que era ameaçado de morte. Dois meses antes desse atentado foi ameaçado de dentro do TJAM.
Ele associou esse atentado às denúncias que fez à CPI do Judiciário de um esquema de venda de alvarás de soltura para traficantes no Amazonas, em maio de 1999.
Em 2017 foi a vez de defender uma mulher que acionou a Justiça num processo de reconhecimento de paternidade contra o então governador Omar Aziz.
E, em 2014, Sahdo denunciou na Corregedoria do TJAM uma juíza por quebra de sigilo telefônico ilegal, quebra de segredo de Justiça, prevaricação e infrações administrativas nos autos do processo da “Operação Gaia”, que a Polícia Civil havia deflagrado um ano antes. Pelo ato, a defesa de uma cliente sua ficou prejudicada.
Abdala Sahdo também foi fonte de repórteres policiais e outros jornalistas que faziam a cobertura para veículos de comunicação de alcance nacional como a renomada jornalista Kátia Brasil, correspondente do jornal a Folha de São Paulo.
Com informações do Portal Marcos Santos.
