Advogada detona governador Wilson Lima após ver mãe sofrer com fila no FCECON: “descaso!”; veja vídeo
Manaus – Uma denúncia grave envolvendo a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON), localizada na zona Centro-Oeste de Manaus, veio à tona na manhã desta segunda-feira (29/12). A advogada Camila Guimarães utilizou suas redes sociais para relatar o drama vivido por pacientes oncológicos, incluindo sua própria mãe, que tiveram seus tratamentos interrompidos por falhas operacionais na unidade.
De acordo com o relato, diversos pacientes que tinham sessões de quimioterapia agendadas para o início da manhã ficaram impossibilitados de realizar o procedimento devido à falta de liberação dos exames laboratoriais de sangue. Segundo Camila, o problema foi causado por uma máquina do laboratório que estaria quebrada desde o dia anterior, mas o defeito só teria sido oficialmente verificado pela equipe no início do expediente de hoje.
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“A quimioterapia era para ter iniciado às 7h da manhã, e os pacientes ainda estão aguardando a liberação dos exames de sangue. É um absurdo. A máquina está quebrada desde ontem e só hoje, em horário de expediente, verificaram isso”, afirmou a advogada.
Entenda o impacto no tratamento
Camila explicou a logística rígida que os pacientes enfrentam: para que a quimioterapia seja administrada, o exame de sangue deve ser recente. Às segundas-feiras, o desafio é maior, pois o laboratório não funciona aos domingos e os exames realizados na sexta-feira perdem a validade para o protocolo médico do início da semana.
Com a máquina inoperante, a espera, que deveria terminar antes das 9h, se estendeu por horas. A administração da unidade teria informado aos pacientes que o tempo de espera adicional seria de duas a três horas, o que coloca em risco a realização de todo o ciclo terapêutico do dia.
Cobrança direta ao Governo do Estado
A advogada não poupou críticas à gestão da FCECON e direcionou sua indignação ao governador do Amazonas, Wilson Lima (União), e ao diretor da fundação. Ela destacou que a falta de manutenção preventiva ou de um plano de contingência configura um descaso com a vida de quem luta contra o câncer.
“Pergunto mais uma vez ao governador e às autoridades: por que essa máquina não foi resolvida com antecedência? Estão fazendo um paciente oncológico ser prejudicado. Se minha mãe perder esse ciclo por irresponsabilidade de agendamento e gestão, isso será devidamente registrado no processo dela”, declarou Camila.
Até o fechamento desta matéria, a direção do FCECON e a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) não haviam se manifestado oficialmente sobre a previsão de conserto do equipamento ou sobre as medidas para compensar os pacientes prejudicados.


