A guerra começou: cúpulas de Roberto Cidade e Alberto Neto buscam a desistência da pré-candidatura um do outro

Por Gomes em 21 de maio de 2024 às 11:40

Manaus – O cenário político de Manaus está em ebulição. A disputa pela prefeitura da cidade tem acirrado os ânimos entre os pré-candidatos Roberto Cidade e Alberto Neto, ambos protagonistas de uma guerra de bastidores que busca a desistência um do outro.

O líder do governo na Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado Felipe Souza (PRD), aposta que o deputado federal Alberto Neto, mesmo com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, acabará por desistir de sua pré-candidatura. Souza destaca que, apesar do suporte de Bolsonaro, Alberto Neto não conseguiu se consolidar nas pesquisas, onde continua disputando o terceiro lugar com Roberto Cidade.

Segundo Felipe Souza, um dos desafios cruciais para Alberto Neto será a definição de um vice que consiga fortalecer sua chapa pelo PL (Partido Liberal). Até o momento, as negociações e as alianças necessárias para essa definição permanecem incertas, adicionando mais tensão ao cenário.

PL nega desistência

Contrariando as previsões de Felipe Souza, tanto a presidência nacional do PL, representada por Valdemar Costa Neto, quanto o diretório do Amazonas, através de Alfredo Nascimento, além da própria assessoria de Alberto Neto, refutam categoricamente qualquer possibilidade de desistência por parte do deputado.

Pelo contrário, a estratégia do PL é ainda mais ambiciosa. Eles apostam na possibilidade de formar uma chapa forte com um vice que possa surgir até mesmo do União Brasil, partido de Roberto Cidade, ou de aliados próximos como o Progressistas (PP). Neste cenário, a expectativa seria de que Roberto Cidade desistisse da corrida pela prefeitura.

Após o fim da guerra?

Seja qual for a cúpula que vença essa “queda de braços” sobre quem será o titular da chapa, uma coisa é certa: caso se concretize uma aliança entre União Brasil e Partido Liberal em Manaus, a chapa resultante se configuraria como a mais forte das eleições, tanto em potencial de votos quanto em tempo de propaganda para rádio e TV, além de recursos do fundo partidário. Essa união estratégica consolidaria uma base robusta de apoio, ampliando significativamente as chances de vitória na corrida eleitoral.