Vulgo ‘Mucurona’, que faz parte da “quadrilha do sacolão”, agride repórter em Manaus; veja vídeo
Manaus – A operação policial que desarticulou mais um grupo da chamada “quadrilha do sacolão” no centro da capital amazonense terminou com cenas de violência explícita contra a imprensa nesta terça-feira (23/12): uma das mulheres detidas, conhecida como ‘Mucurona’, completamente exaltada, agrediu a repórter Édila Chaves com um golpe de celular no rosto e ainda fez gestos obscenos para a equipe de reportagem.
A confusão aconteceu na entrada do 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP), durante a cobertura ao vivo da apreensão de centenas de produtos furtados. O grupo, conhecido por furtos rápidos e organizados em grandes lojas de departamento, atua geralmente com mulheres, muitas levando crianças, e alguns homens como apoio.
Na ação desta terça-feira, a Polícia Civil recuperou grande quantidade de roupas das marcas C&A, Riachuelo e Shimally, além de perfumes, hidratantes, brinquedos, azeites, equipamentos de segurança e até câmeras de monitoramento. Três pessoas foram detidas até o momento: um homem adulto, um menor de idade e a mulher que protagonizou a agressão.
Vídeos que viralizaram nas redes mostram o exato momento da confusão. A suspeita, ao perceber as câmeras, começou a xingar a equipe, apontou o dedo do meio várias vezes e, em seguida, avançou sobre a repórter Édila Chaves. Com o celular na mão, ela desferiu um golpe direto no rosto da jornalista. Édila tentou se defender com os braços, mas acabou levando o impacto no rosto. Veja vídeo:
View this post on Instagram
A operação, que contou com o suporte do sistema “Paredão” de monitoramento, segue em andamento. A Polícia Civil investiga a participação de receptadores, incluindo donos de bancas de rua que teriam adquirido parte dos produtos furtados.
O caso expõe, mais uma vez, a ousadia e a agressividade de grupos criminosos que há meses atuam de forma organizada no comércio do centro de Manaus, utilizando inclusive crianças para dificultar a ação da segurança privada e da polícia. A agressão à repórter reforça o clima de tensão que acompanha essas operações.



