“Uma armadilha: linda, sedutora e maluca”: mulher que m4tou namorado e amiga atr0pelados dava sinais de perigo nas redes sociais; veja vídeo
Brasil – A frieza de um crime motivado por ciúmes na Zona Sul de São Paulo ganhou um novo e perturbador capítulo. Geovanna Proque da Silva, a estudante de medicina veterinária de 21 anos que matou o namorado, Raphael Canuto, e a amiga dele, Joyce Correa, atropelados, não escondia sua personalidade explosiva no mundo virtual. Sob uma camada de filtros e batons, a jovem já sinalizava que o “ciúme doentio” era, para ela, um traço de personalidade a ser ostentado.
O “Perfil Armadilha”: Beleza e Indiretas
No TikTok, Geovanna seguia o padrão de jovens da sua idade: vídeos de “looks do dia”, maquiagens impecáveis e ostentação de beleza. No entanto, entre uma transição e outra ao som de funk, as legendas e áudios revelavam um comportamento tóxico, uma verdadeira “red flag”.
Em um dos vídeos que viralizaram após o crime, Geovanna utiliza um áudio clássico de novela para se autodefinir:
“Aquilo ali não é uma mulher. Aquilo lá é uma armadilha. É linda? Sim. Sedutora? Sim. E maluca!”.
O que parecia ser apenas uma “brincadeira” de rede social provou-se uma premonição trágica.
Em outra postagem, a frase “Meu problema é com ela, não com você” servia de legenda para um de seus conteúdos, reforçando a fixação que ela nutria contra qualquer mulher que se aproximasse de seu círculo afetivo — o mesmo sentimento que a levou a acelerar um Citroën contra Joyce Correa, que apenas recebia uma carona de Raphael.
“Fé nas Malucas”: A Inversão de Valores nos Comentários
O que mais chocou as autoridades e a opinião pública, além do crime em si, foi a reação de uma parcela das internautas. Após a divulgação da identidade de Geovanna, as redes sociais da jovem foram inundadas por comentários de mulheres que, de forma alarmante, se identificaram com a criminosa ou tentaram justificar o duplo homicídio.
Frases como “DIVAAAAA”, “Achei certo” e a famigerada expressão “Fé nas malukas” (sic) proliferaram em perfis de fofoca e no próprio perfil da estudante. Algumas usuárias chegaram a praticar a culpabilização das vítimas para validar a fúria de Geovanna:
“É só não trair”, escreveu uma seguidora.
“Tô com ela… faria o mesmo”, afirmou outra.
“Ok, morreu, enterra”, minimizou uma terceira internauta.
O Debate sobre o “Dois Pesos e Duas Medidas”
Essa romantização do crime gerou uma onda de repúdio imediata por parte de outros usuários, que apontaram a hipocrisia e o desequilíbrio emocional presente nos comentários de apoio. O principal ponto de crítica foi a diferença de tratamento caso o assassino fosse um homem.
“Se fosse um homem fazendo isso, ninguém estaria comentando essas coisas. Ele seria repudiado de imediato”, argumentou um internauta indignado.
Outros comentários refletiram o choque com a normalização da violência:
“Estou em choque aqui com os comentários de certas mulheres”.
“Caralho, só tem gente com transtorno mental nos comentários”.
“Imagina se fosse o contrário, o peso que teria esse crime”.
Situação Atual
Enquanto o debate ferve na internet, a realidade de Geovanna Proque é bem diferente do glamour de seus vídeos. A universitária teve a prisão convertida em preventiva e está detida na Penitenciária Feminina de Santana. Ela responderá por homicídio doloso duplamente qualificado, com agravantes de motivo fútil e emboscada, sem direito à fiança.
A polícia agora analisa as mensagens de WhatsApp e os vídeos das redes sociais como provas de que o comportamento da jovem já indicava a periculosidade que culminou na morte de dois jovens na antevéspera do Ano Novo.






