Suposto B.O. de extorsão pode ser mais uma armação contra Cileide Moussallem
Manaus – Recentemente, uma denúncia envolvendo a empresária Cileide Moussallem Rodrigues, CEO do Portal CM7 Brasil, tem gerado polêmica. O relato, registrado em um suposto boletim de ocorrência (B.O.) no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP) de Manaus, acusa Cileide de tentativa de extorsão, alegando que a blogueira teria solicitado a quantia de R$ 100 mil para remover matérias difamatórias publicadas em seu portal sobre uma empresa de alimentos local. Porém, uma série de contradições e pontos questionáveis levantam sérias dúvidas sobre a veracidade das acusações.
O B.O. narra que, em 30 de março de 2024, a empresária teria solicitado R$ 100 mil ao gerente administrativo de uma empresa de alimentos, para que ela removesse do ar matérias que a acusavam de produzir produtos impróprios para consumo, incluindo a grave alegação de “restos humanos” no alimento, apelidado de “Produto da Morte”. O problema, no entanto, é que o registro só foi formalizado quase um ano depois, em 28 de janeiro de 2025, levantando imediatamente a primeira questão: Por que esperar quase um ano para fazer uma denúncia tão grave?
Outro ponto que levanta suspeitas sobre a denúncia é o fato de que, ao invés de o proprietário da empresa, que seria o principal interessado em proteger sua reputação, ter registrado o boletim de ocorrência, quem o fez foi o gerente administrativo. Se realmente houve uma tentativa de extorsão, seria mais lógico que o proprietário da empresa, que tem maior poder de decisão e recursos financeiros, fosse quem tomasse a iniciativa de registrar o caso. O fato de um funcionário de menor hierarquia, como o gerente, ser o responsável por isso é no mínimo questionável.
Além disso, o proprietário, como dono da empresa, tem mais a perder com a difamação de sua marca e teria um interesse direto em limpar sua imagem, o que não faz sentido se o responsável pela denúncia for um simples gerente. Por que o gerente, e não o proprietário, registraria uma denúncia tão grave?
A ausência de provas concretas e a tentativa de manipular a opinião pública com acusações infundadas tornam a denúncia ainda mais questionável. O atraso na formalização do boletim de ocorrência e a falta de ação imediata por parte da verdadeira vítima só aumenta a hipótese de uma possível armação.
O boletim de ocorrência narra o seguinte:
- Data do Fato: 30/03/2024, 10h
- Data do Registro do B.O.: 28/01/2025 (quase um ano depois)
- Natureza da Ocorrência: Tentativa de extorsão (art. 158 do CPB)
- Envolvido(s): Nome civil do gerente administrativo da empresa e outros dados relacionados à ocorrência
O fato de o B.O. ter sido registrado como “tentativa de extorsão” e ainda não ter sido acompanhado de provas consistentes levanta mais dúvidas da veracidade da acusação. O texto do boletim fala de um período específico (março de 2024), mas as evidências que sustentariam a acusação são praticamente inexistentes.
Os blogs Radar Amazônico, Cenarium e Imediato foram os principais veículos responsáveis pela divulgação da denúncia de extorsão contra Cileide Moussallem. Ao focarem em matérias com fortes elementos de especulação e sem provas conclusivas, esses blogs não só desrespeitam os princípios básicos do jornalismo, como também contribuem para a disseminação de fake news.
A Falta de Provas e as Consequências da Denúncia
Em um cenário onde as acusações são feitas com base em acusações vagas e sem provas substanciais, surge a dúvida: seria esta uma tentativa de manipular a opinião pública e denegrir a imagem da empresária? Não seria o primeiro caso em que se utiliza de acusações infundadas para manchar a reputação de alguém sem que haja uma investigação sólida por trás disso.
Ainda é cedo para determinar a veracidade das alegações, mas os fatos apresentados até agora não sustentam as acusações de extorsão. Agora, resta saber: será que esse é apenas mais um episódio de injustiça ou estamos diante de uma verdade oculta, pronta para ser descoberta pela Justiça? Aguardemos os próximos capítulos dessa história.
