Policial de 61 anos é preso após estuprar detenta durante transferência de unidade prisional, em Manaus
Manaus- A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 19° Distrito Integrado de Polícia (DIP), cumpriu na terça-feira (29/07), mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra um policial militar da reserva, de 61 anos, que atuava à disposição da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Ele é suspeito de estuprar uma interna do sistema prisional durante sua transferência do município de Humaitá para Manaus, no dia 18 de julho deste ano.
Segundo o delegado Ivo Martins, titular do 19° DIP, a vítima relatou que, durante o trajeto, o agente parou a viatura em um local deserto, próximo a um restaurante à beira da estrada. Enquanto os demais integrantes da equipe da Seap se dirigiram ao restaurante para jantar, o suspeito teria forçado a vítima, que estava com mãos e pés algemados, a manter relação sexual com penetração e a praticar atos libidinosos, mediante violência. O crime ocorreu dentro da viatura oficial, durante o exercício da função pública, em uma situação de total vulnerabilidade da custodiada.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), ao tomar conhecimento do caso, adotou imediatamente medidas para prestar assistência à vítima, acionando a Defensoria Pública do Estado (DPE-AM), a Polícia Civil e o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que realizaram a escuta qualificada da interna. A denúncia foi formalizada no momento da chegada ao Centro de Detenção Feminino (CDF), durante os procedimentos de triagem padrão, que incluem avaliação médica e atendimento psicossocial.
Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado em 21 de julho, e a Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o caso. Os servidores envolvidos na ocorrência foram afastados imediatamente e, em seguida, exonerados das funções que exerciam na secretaria.
O suspeito foi preso em sua residência, no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus, e, após os procedimentos cabíveis, será encaminhado à audiência de custódia, permanecendo à disposição da Justiça.
A Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas abriu sindicância administrativa para apurar os fatos e possíveis responsabilidades. Como o suspeito é um policial militar da reserva à disposição da Seap, a PMAM também instaurará um procedimento administrativo para investigar a conduta do agente.
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