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Polícia descobre sala de tortura com isolamento acústico usada pelo CV; veja vídeo

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Polícia descobre sala de tortura com isolamento acústico usada pelo CV; veja vídeo

Brasil – A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu uma sala de tortura utilizada pelo Comando Vermelho (CV) dentro de um galpão clandestino em Realengo, na Zona Oeste da capital fluminense. O local, que imitava cenários de filmes de horror, era equipado com isolamento acústico para abafar gritos de vítimas, segundo os investigadores envolvidos na operação.

Dentro do imóvel, agentes da 58ª DP encontraram uma estrutura montada especialmente para aplicar punições brutais: uma poltrona onde presos eram imobilizados, cordas, um gancho no teto e um tonel supostamente usado para afogamento — batizado pela polícia como “tonel da morte”. Veículos adulterados, incluindo carros caracterizados como viaturas da Polícia Civil, também estavam no espaço.

De acordo com a investigação, o galpão era controlado por traficantes ligados à disputa territorial da facção no Catiri, em Bangu. As paredes continham inscrições do CV, que podem ajudar a identificar os responsáveis pelo local. Um vídeo obtido pelos investigadores mostra detalhes da instalação clandestina.

Tortura por vídeo e ordens via aplicativo

A descoberta reforça um padrão já monitorado pela polícia: líderes do Comando Vermelho vêm utilizando grupos de mensagens para ordenar punições e organizar a segurança dos territórios sob seu domínio. Informações colhidas em outra investigação apontam que chefes da facção, como Edgar Alves de Andrade, o Doca, e Juan Breno Ramos, o BMW, determinam em tempo real quem deve ser espancado, torturado ou executado em comunidades como Alemão e Penha.

Mensagens analisadas mostram que até castigos “disciplinares” em bailes funk são decididos coletivamente — mulheres que brigam são colocadas em tonéis de gelo, enquanto outros infratores são arrastados pelas ruas ou executados. Em um dos registros, um morador identificado como Aldenir Martins do Monte Junior foi torturado por sete minutos, algemado e amordaçado, enquanto era ridicularizado e exposto em videochamada para outros criminosos. Ele está desaparecido, e a polícia acredita que tenha sido morto.

Crime organizado estruturado e violento

Os líderes citados — Doca, BMW e Carlos Costa Neves, o Gadernal — são alvo de dezenas de mandados de prisão e já foram denunciados por envolvimento na execução de três médicos na Barra da Tijuca, em 2023. As investigações revelam uma facção altamente estruturada, que define até a escala de seguranças que acompanham seus chefes.

Doca, que tem 269 anotações criminais, permanece foragido.

A descoberta da sala de tortura e as conversas monitoradas reforçam o nível de crueldade e organização do Comando Vermelho, que segue expandindo sua atuação criminosa na capital e utilizando a violência como ferramenta de controle social.



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